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Cigarro entope mesmo as veias, como sugeriu Ana Maria Braga? Entenda…

Ex-fumante, Ana Maria Braga revelou em participação ao programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, que chegou a ter as veias entupidas por causa do vício em cigarro. A apresentadora decidiu abandonar o vício em 2023 após o susto.

“Eu estava com as veias entupidas. Tudo por causa do cigarro. Coloquei três stents nas duas pernas e depois de oito meses um deles entupiu e eu ainda não tinha parado de fumar (…). Voltei lá em novembro do ano passado, desentupiu, trocou. Depois desse entupimento eu falei que nunca mais”, disse Ana Maria.

Em entrevista ao Terra, a médica pneumologista da Saúde no Lar, Michelle Andreata, conta que o tabagismo é reconhecido como um dos principais fatores de risco modificáveis para doenças cardiovasculares. A relação entre o cigarro e o entupimento das veias – ou vasos sanguíneos – envolve diversos mecanismos patológicos.

“O cigarro contém substâncias tóxicas que causam danos ao endotélio, a camada interna das artérias. Isso resulta na sua disfunção e ele perde a capacidade de regular a vasodilatação, a coagulação e os processos inflamatórios de forma adequada”, explica a especialista.

A médica diz que quando isso ocorre, pode haver piora da aterosclerose, onde placas de gordura, cálcio, e outros elementos se formam nas paredes arteriais, levando a obstruções.

Além disso, o tabagismo aumenta substancialmente o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), doença arterial periférica e aneurisma da aorta.

Pessoas fumantes também têm maior risco de trombose, uma condição em que coágulos sanguíneos se formam em veias ou artérias. Isso pode gerar bloqueios que limitam a circulação sanguínea e aumentam o risco de eventos vasculares graves.

Quando um paciente para de fumar, como fez a apresentadora, benefícios significativos e quase imediatos ao sistema cardiovascular e saúde em geral são conquistados.

De acordo com a pneumologista, dentro de 20 minutos após o último cigarro, a pressão sanguínea e a frequência cardíaca começam a retornar aos níveis normais. Com o passar de semanas a meses, a função endotelial começa a melhorar, reduzindo o risco de aterosclerose e melhorando a circulação do sangue.

“À medida que o tempo passa, o risco de desenvolver doenças cardiovasculares diminui para níveis comparáveis aos de não fumantes, especialmente se a cessação ocorrer antes de surgirem danos cardiovasculares significativos”, conclui a especialista.

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