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Câmara Municipal de Rio Branco debate sobre os desafios na promoção da saúde renal

Atendendo ao requerimento da vereadora Lene Petecão, a Câmara Municipal de Rio Branco realizou na segunda-feira, 18, uma audiência pública para discutir os meios de prevenção das doenças renais crônicas e os desafios na promoção da saúde renal e social para os pacientes nefropatas de Rio Branco. Durante a audiência, a vereadora destacou sobre a importância ampliar o debate em torno do assunto.

“Quero agradecer a presença da saúde municipal que tem uma importância muito grande com esse olhar que relata nessa nossa tribuna popular que tem pessoas que sofrem dos rins, porque é uma doença silenciosa, e que estão a mais de 1 ano esperando uma consulta porque nós temos poucos profissionais de nefrologia.”

Vanderli Ferreira da Silva, da Associação dos Pacientes Renais Crônicos Transplantados do Estado do Acre, destacou a necessidade de uma política mais efetiva de prevenção. “Eu vejo que a gente precisa de uma política mais efetiva para evitar que esse número de pacientes aumente. Hoje existe 157 mil pacientes em hemodiálise e sem contar aqueles que estão ainda esperando uma consulta com um nefrologista, então são milhares de pessoas que às vezes não consegue.”

E ressaltou a importância de campanhas durante todo o ano para evitar o aumento do número de pacientes em hemodiálise. “A gente tem uma boa conversa com a Secretaria Municipal de Saúde, mas precisamos expandir as campanhas de prevenção, não só em março, no ano todo, porque se a gente não fizer isso vai chegar o momento que, já aconteceu de não ter vaga nas hemodiálises, hoje graças a deus a gente está bem de vaga.”

Ele também apontou as dificuldades enfrentadas pelos pacientes, como a falta de medicamentos em alguns municípios do interior e a algumas falhas de acompanhamento do poder público para dar assistência social a esses pacientes, como a falta de cadastramentos.

“Peço aqui que a gente traga algumas leis que venham beneficiar essas pessoas que sofrem na periferia, pacientes que sofrem na periferia, vocês que são assistente sociais sabem disso, e principalmente as pessoas também da zona rural, que são as pessoas que mais sofrem para chegar no tratamento e o município hoje de Rio Branco não dá nenhuma assistência essa é a verdade.”

E acrescentou: “nunca tive um acompanhamento da área de saúde para perguntar como que eu estava e da assistência social, que deveria ter uma cadastro dessas pessoas para fazer um acompanhamento, e existe cidade que tem isso de, fazer acompanhamento das pessoas, cadastros, fazer o mapeamento e não existe isso em Rio Branco, infelizmente no Acre não existe esses cadastramentos, é o que a gente pede aqui, espero que dessa audiência pública a gente busque lei, políticas públicas que venham melhorar a vida do paciente renal e também o acompanhamento daquelas pessoas que tenham algum problema de doença renal e não consegue atendimento.”

A assistente social da NEFRO, Charlaine Lira, também fez uso da tribuna e destacou a importância do exame de creatinina para o diagnóstico de doenças renais e comentou sobre a necessidade de informação para que a população saiba de sua acessibilidade no sus para conseguir realizar mais cedo o tratamento da doença.

“O ideal que a gente busca hoje, é que esse paciente que tenha doença renal é que ele tenha essa informação que ele seja diagnosticado antes da doença chegar no estágio cinco antes dele ter que chegar e descobrir essa notícia já numa máquina de hemodiálise passando um cateter no pescoço.”

Ao final da audiência, a vereadora Lene Petecão destacou a importância de buscar soluções e políticas públicas que melhorem a vida dessas pessoas, e o convidado Vanderli, destacou que também precisam ser abraçados pelas autoridades responsáveis.

“Parece que é uma doença comum para as autoridades mas não é, quando a gente chega numa máquina de hemodiálise a nossa vida muda por completo, nenhuma empresa quer contratar a gente pra trabalhar, tanto faz o transplantado quanto o que faz hemodiálise, não existe políticas públicas para abraçar essas pessoas que deveria existir, nós que também somos minorias, não temos este olhar das nossas autoridades.”

(Por Fernanda Maia, estagiária de Jornalismo na CMRB)

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