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A Assembleia Legislativa do Acre realizou nesta segunda-feira (12) audiência pública para debater a rede de atenção psicossocial no Acre. “Falar de saúde mental é vida”, disse a deputada Michele Melo, autora do pedido da audiência.
Emily Souza, da RAPs da Secretaria de Estado da Saúde destacou que os profissionais médicos tendem a medicar quando não há outros recursos terapêuticos. “Eles me dizem: passo medicamento porque não temos piscológos”, relatou ela.
Vários programas foram apresentados, especialmente os que tem a arte como estratégia, visando mostrar o panorama do cuidado com a saúde mental no Acre. O médico Osvaldo Leal disse que as audiências públicas são excelente estratégia de democracia participativa. “Saúde mental é o tema de saúde pública mais relevante no mundo hoje”, disse Leal.
A coordenadora da RAPS do Ministério da Saúde, Neli de Almeida disse, pela via remota, que há um adensamento do sofrimento mental no País. “A sociedade passou por uma pandemia e aí a gente fala de um processo de luto, temos aí uma crise sanitária pós-pandemia”, afirmou, apresentando outros fatores, como economia e questões sociais, que acabam contribuindo para ampliar o problema no País. Ela propôs a criação de uma comissão permanente, com participação do departamento nacional, para acompanhamento da rede no Acre.
O Ministério Público informou que o Samu recebeu cerca de 18 mil chamadas de urgências e emergências psiquiátricas no Acre. Em 2022 foram mais de 31,7 mil chamadas. “É um número muito alto”, disse Bruna Oliveira, coordenadora do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera).
Vários envolvidos com a questão fizeram uso da palavra e apresentaram demandas que vão de mais recursos, melhores condições de atendimento e novas unidades dos CAPS no Estado.

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