O levantamento de um portal especializado em saúde feminina mostra que 37% das mulheres consideram que a saúde pública do Acre não está preparada para acolher mulheres com perda gestacional.
Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano, em média 15% do total; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. No entanto, nem sempre as mulheres recebem o apoio e o cuidado adequados pela saúde pública após tão grande perda – e isso está retratado na pesquisa realizada pelo portal Trocando Fraldas, que consultou 4,7 mil mulheres em todo o Brasil entre os dias 25 de abril de 3 de maio deste ano: 51% das brasileiras que já passaram pelo procedimento de curetagem, concordam que a saúde pública não está preparada para acolher esse tipo de situação de perda gestacional. Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos com 66% das participantes.
Das brasileiras que já passaram pelo procedimento de curetagem, pelo menos 40% concordam que os profissionais da saúde não estão preparados para lidar com mulheres que sofrem uma perda gestacional.
Em alguns hospitais, o procedimento da curetagem é feito em conjunto com o setor da maternidade. E conforme verificamos, 45% das brasileiras concordam que este não é o acolhimento adequado para as mulheres que acabaram de sofrer uma perda. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 47% das participantes no levantamento. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 49% das entrevistadas concordam que este não é o melhor tipo de acolhimento. Já no Amapá o percentual é de 62%.
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