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Fumaça elevou em 54% chance de internamento por Covid-19 em 2020 no Acre

O Observatório Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com a InfoAmazônia e a Universidade Federal do Acre, investe no projeto Engolindo Fumaça, um estudo dos impactos da poluição decorrente das queimadas amazônicas durante a pandemia de Covid-19.

A cada dia em que os finíssimos grãos de material particulado ficaram em suspensão na atmosfera acima do patamar considerado seguro pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o risco de uma pessoa contaminada pelo novo coronavírus ser internada subia 2%.

A fumaça das queimadas esteve relacionada a um aumento de 18% nos casos graves de Covid (aqueles em que houve internações hospitalares) e de 24% em internações por síndromes respiratórias nos 5 estados com mais fogo da Amazônia durante as queimadas de 2020 (Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Pará).

Os moradores de Rondônia foram os que mais sofreram. Durante toda a temporada de queimadas, o estado teve o maior aumento de internações relacionadas à fumaça das queimadas. Em setembro, pior mês do ano, os dados mostram quase 26 dias com altos índices de poluição.

Nesse contexto, a população viveu com 66% mais de chances de dar entrada no hospital por complicações da Covid-19, indica o estudo exclusivo do InfoAmazonia. No mesmo período, o ar das cidades do Acre ficou, em média, quase 22 dias do mês saturado de material particulado. O que aumentou as chances de internação em todo o estado em 54%.

Fiocruz/Infoamazônia

 

 

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