fbpx

DH realiza palestra sobre Semana Nacional da Pessoa com Deficiência

A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, realizada de 21 a 28 de agosto, aborda este ano o tema “É tempo de transformar conhecimento em ação”. Trata-se de um período importante para a conscientização da sociedade sobre um público ainda invisível, por isso o governo do Acre, por meio da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), realizou nesta quinta-feira, 26, uma palestra com a titular da Delegacia-Geral de Manoel Urbano, Mariana Gomes.

A palestra, que abordou o capacitismo (discriminação de pessoas com deficiência), foi realizada no Teatro Hélio Melo, em Rio Branco, e contou com a presença de representantes das instituições Centro de Ensino Especial Dom Bosco, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Centro de Apoio a Pessoas com Deficiência Física (Capedac), Centro de Informações de Libras (CIL) e a Associação dos Surdos do Acre (Assacre).

Criada pela lei nº 13.585, de 26 de dezembro de 2017, a semana tem a finalidade de sensibilizar governos e comunidades, divulgando conhecimentos sobre as condições sociais das pessoas em situação de deficiência intelectual e múltipla, como meio de transformação da realidade, superando as barreiras que as impedem de participar coletivamente em igualdade com os demais.

José Aurismar Braga, mais conhecido como Mazinho Silva, pessoa com deficiência (PcD), aos 36 anos carrega uma vasta experiência de vida. Técnico em Segurança do Trabalho, discente do sexto período do curso de Ciências Sociais na Universidade Federal do Acre (Ufac), atleta paralímpico de Bocha adaptada na Categoria BC4, campeão dos Jogos Universitários em  2019, campeão regional em 2020, conselheiro fiscal do Capedac e presidente da Comissão de Acessibilidade da Ufac, Mazinho contou um pouco da sua história após a palestra e mostra que é possível uma PcD contribuir com a sociedade.

“Esses eventos são muito importantes para conscientizar a sociedade e trabalhar assuntos voltados para pessoas com deficiência. É preciso quebrar o preconceito que encontramos no nosso dia a dia. Enxergo uma grande necessidade do próximo em observar que pessoas com deficiência podem desenvolver habilidades como qualquer outra. Buscamos oportunidades e não queremos ser vistos como coitados, mas queremos contribuir com o meio social”, afirma Aurismar.

A cada ano é definido um tema pela Federação Nacional das Apaes, que busca esclarecer a  sociedade acerca de determinadas necessidades para inclusão plena.

Proteção e promoção de direitos

A delegada de Polícia Civil e palestrante Mariana Gomes ministrou palestra sobre o capacitismo, que é pouco conhecido e difundido na sociedade. “Como atores de órgãos de proteção de promoção de direitos, precisamos transmitir esse conhecimento para que as pessoas tenham consciência de que é possível combater todas as formas de preconceito e descriminação. Determinadas expressões que utilizamos no dia a dia são capacitistas e é importante saber que, por exemplo, “joão sem braço” ou perguntar “você está surdo?” são expressões sem empatia”, afirma.

As pessoas portadoras de deficiência múltipla são aquelas afetadas em duas ou mais áreas, caracterizando uma associação entre diferentes deficiências, com possibilidades bastante amplas de combinações. Um exemplo seriam as pessoas que têm deficiência mental e física. “As políticas socioassistenciais, por meio dos seus programas e seus centros de referências, como Cras e Creas, garantem o acesso aos direitos junto ao sistema de saúde e educação, fortalecendo suas condições de acesso, bem como benefícios e apoio familiar. Ao passo que também zelam pela sua dignidade como ser humano”, pontua a titular da SEASDHM, Ana Paula Lima.

 

Neste artigo