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Governo lança projeto de biojoias para egressos do sistema prisional

Pensando em gerar renda e dignidade para os egressos do sistema prisional, a Secretaria de Empreendedorismo e Turismo (Seet), em parceria com o Sebrae, com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com o Instituto de Educação Profissional e Tecnológica Dom Moacyr (Ieptec) e com os Institutos Socioeducativo do Acre (ISE) e de Administração Penitenciária (Iapen), lançou na manhã desta terça-feira, 24, o projeto Acre, Estado da Biojoia.

O lançamento e as inscrições para o curso ocorreram na Escola de Gastronomia, no bairro Cidade do Povo. O projeto faz parte do Programa Empreender para Crescer da Seet.

“Esse é um projeto que visa trazer transformação social, mudando a realidade de muitas pessoas, trazendo renda, dignidade e uma nova oportunidade de vida. Sabemos que, para quem está saindo do sistema prisional, as oportunidades de emprego são reduzidas e essa é uma forma de ressocialização”, reforça a secretária de Empreendedorismo e Turismo, Eliane Sinhasique.

O presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC), Arlenilson Cunha, reforçou que o programa é importante para oportunizar trabalho para os egressos do sistema prisional. “A reclusão pode não ter sido o fim, pode ser o início de uma nova história. As oportunidades precisam ser aproveitadas”.

A delegada Mardia El-Shawwa, coordenadora do Programa Acre Pela Vida, frisa que o programa é importante para reduzir a reincidência criminal e reinserir essas pessoas na sociedade. “Acreditamos no potencial de cada um que aqui está presente. E sabemos que o caminho para adentrarem no Mercado de Trabalho é a qualificação. Portanto, esperamos que aproveitem a oportunidade”.

O curso vai atender a 72 pessoas. Serão 6 turmas, com 12 pessoas cada. Cada turma receberá 20h de aula. A primeira turma terá início no dia 30 de agosto, na Escola de Gastronomia da Cidade do Povo.

O apenado Augusto Moraes está no regime semiaberto e garante que quer aprender a produzir as biojoias. “Eu tive contato com o crochê na penitenciária. Agora, estou trabalhando em um posto de lavagem, mas vejo o curso como uma oportunidade de ter meu próprio negócio”.

Já a reeducanda Amanda dos Santos, foi presa em junho deste ano e hoje está monitorada por tornozeleira, nunca trabalhou com artesanato, mas tem interesse em aprender.  “Estou parada, vivendo do bolsa família. Tenho um filho de 6 anos que precisa de mim. Vejo nesse curso uma oportunidade de mudar de vida”.

Curso

O curso terá como instrutor o artesão Antônio Kleder Bezerra, que há 20 anos produz biojoias utilizando madeira de aproveitamento combinada com sementes e metais.

“O objetivo é desenvolver habilidades para que essas pessoas se tornem artesãs e garantam o sustento de suas famílias. Esse é um mercado crescente no Brasil”, reforça Kleder.

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