Passado o prazo de regularização dos problemas estruturais da Maternidade de Feijó, que funciona em prédio anexo ao Hospital Geral do município, o Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) continua recebendo denúncias. O Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM-AC) já avalia uma interdição ética do local, ao passo em que o Sindicato estuda a tese de construir um dossiê devido às condições precárias da unidade.
O CRM-AC realizou a fiscalização no hospital no início de junho, por denúncia do Sindmed-AC. Foram encontradas diversas irregularidades, tanto na estrutura, quanto na escala médica. O Conselho encaminhou um relatório à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), onde constavam as queixas quanto à Unidade de Saúde e o prazo estipulado, de 30 dias, para que os problemas fossem resolvidos. A data limite foi excedida e as irregularidades não foram sanadas, com isso as reclamações permaneceram.
Na mesma época, uma reunião com a Sesacre e o Ministério Público foi marcada pelo Conselho para relatar os problemas da unidade de saúde e buscar possíveis soluções, contudo não compareceram representantes de nenhum dos dois órgãos.
Irregularidades encontradas na Unidade
A principal irregularidade encontrada no hospital é a presença de apenas um plantonista, sendo uma unidade em que seriam necessários no mínimo dois, colocando em risco a saúde dos pacientes. O hospital possui equipamentos de ultrassonografia, mas o exame também não está sendo realizado por falta de profissional especializado.
Na maternidade, foram encontrados ainda problemas na infraestrutura, como falta de iluminação nas salas de cirurgia. Além da ambulância quebrada, impossibilitando a transferência de pacientes.