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QUANTA BOBAGEM! Penso, cá com os meus botões, quando ouço ou vejo declarações, no sentido de que, estar ao lado do presidente Jair Bolsonaro, na eleição do próximo ano, é um passaporte para se eleger senador, deputado federal ou governador. Tão falso, como uma nota de 300 reais.

A política no Acre ainda está para ser decifrada. A sua história está repleta de exemplos de que esta tese é furada. Vamos voltar aos tempos da Ditadura Militar, quando o país era presidido pelo General João Batista de Figueiredo. Naquela época, Figueiredo enviou para ser candidato ao Senado pelo estado, o seu então Ministro de Comunicação Social, o publicitário Said Farhat, pela ARENA. Era uma época em que a elite do empresariado queria agradar a ditadura a qualquer preço.

Pois bem, Said Farhat veio para o Acre com uma campanha milionária, e o slogan: “O Candidato do Figueiredo”. Levou uma trolha nas urnas. Nunca se viu tanto investimento no Acre, como nos governos do Lula e da Dilma. E, perderam a eleição neste rincão, para quem não deu um prego numa barra de sabão pelos acreanos, o José Serra (PSDB) e o Geraldo Alckmin (PSDB). E, com o PT no poder, no estado.

Num fato mais recente, o então candidato a presidente Jair Bolsonaro, desfilou na maior carreata que Rio Branco já viu, com o seu candidato a governador, Coronel Ulysses Araújo. Não viu nem o cheiro do governo. E, o Bolsonaro foi o mais votado aqui. Então, os candidatos majoritários parem com essa infantilidade de que colar o nome em quem disputa a presidência rende votos e vitória eleitoral. Também, tanto faz, um candidato a senador ter o apoio de quem está no poder.

A derrota da Socorro Neri para a PMRB é o exemplo mais recente, tinha a prefeitura e o governo lhe apoiando. Eleição majoritária se ganha conquistando a simpatia do eleitorado, caindo na graça do povão, interagindo na empatia com o eleitorado.

No Acre, quando o candidato se torna moda, nem com reza, água benta e o grito do Mapinguari, se impede a sua vitória. Aqui, o buraco é mais embaixo. E, como é!

CADA GALO NO SEU TERREIRO

O EX-PREFEITO de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales (MDB), deu uma de mestre, ao pegar carta branca do MDB no município, lhe dando poderes para decidir com quem o partido ficará para o governo e ao Senado. Errado? Não! Cada galo canta no seu terreiro.

EM PRATO FEITO

O EPISÓDIO do MDB de Cruzeiro do Sul foi uma advertência à cúpula do partido para que não cheguem no Juruá, com prato feito na capital para o Governo e Senado sem conversar com ele. O jogo político é jogado.

QUEM E COMO?

CONVERSEI ontem, com uma antiga raposa política do PP, sobre esta confusão para o Senado. Foi pragmático: quem é que pode impedir; e como impedir, a candidatura da senadora Mailza Gomes (PP) a um novo mandato?

NÃO HÁ CAMINHO

E, PONDEROU em cima do que já foi comentado neste BLOG: o Gladson Cameli disputando a reeleição pelo PP, terá que ter a senadora Mailza Gomes (PP) como companheira de chapa. A não ser que ela não queira.

DISCUSSÃO EM CIMA DE FATOS

NÃO SE trata de acirrar ânimos, a discussão está posta, e não pode ser varrida para baixo do tapete. Márcia Bittar e a Mailza Gomes brigam pelo mesmo objetivo: ser a candidata do Gladson. E, já diz a Física, que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço. Alguém vai sobrar.

NÃO VAI DAR SAMBA

O PSDB terá nome próprio para presidente. A sigla é oposição a Jair Bolsonaro. Por isso, não vejo como dar samba a direção regional do PSDB levar o partido para a aliança do senador Márcio Bittar (MDB), que dorme dando Boa Noite à foto do Bolsonaro, a acorda dando Bom Dia à fotografia do atual presidente.

COM JUSTA RAZÃO

CONVERSEI ontem, com o deputado Luiz Gonzaga (PSDB). Me disse estar preocupado com a formação de uma chapa para a ALEAC, no PSDB. Fosse ele, também estaria.

NÃO É NADA FÁCIL

A FORMAÇÃO de chapa para deputado estadual, é uma engenharia complicada; mais ainda, quando tem alguém com mandato. E o PSDB tem dois fortes deputados.

 ALTAMENTE COMPETITIVA

O PP caminha para ter uma chapa a deputado estadual muito forte. Terá nomes certos como, José Bestene, Wendy Lima, Gerlen Diniz, e poderá ter ainda a adesão de mais dois deputados: Marcos Cavalcante (PTB), e Pedro Longo (PV). Some também o vereador Rutênio (PP).

MACACO VELHO…

O GRUPO do ex-prefeito Dêda, no MDB? Só depois de ver. Macaco velho não mete a mão em cumbuca. A deputada Maria Antônia, sua esposa, é boa de voto, mas teria de enfrentar outras feras, como as deputadas Antonia Sales, Meire Serafim e Roberto Duarte.

REGRAS DO JOGO

TUDO o que está sendo discutido, sobre a eleição do próximo ano, poderá ter um contorno diferente. É preciso saber, como é que ficarão as regras do jogo, em discussão no Congresso. Vamos ter o Distritão? Distritão misto? Permanece a regra atual? Antes da definição, tudo que se falar sobre candidaturas proporcionais, é prematuro.

ÂNGULO A SER OLHADO

O GOVERNADOR Gladson não deve ser olhado pela lógica do político profissional, porque não faz da política a sua profissão ou meio de vida. Pode tomar uma decisão sobre quem vai ser o seu vice, sem se importar com o humor dos partidos. Não duvidem! Fez isso na eleição municipal.

NÃO VISLUMBRO OUTRO CENÁRIO

NÃO CONSIGO vislumbrar outro cenário que não seja uma disputa principal pelo governo, entre o governador Gladson e o senador Sérgio Petecão (PSD). Os olhos do Jorge Viana (PT) estão espichados para o Senado.

CANDIDATO PERIGOSO

E, num quadro que se vislumbra de cinco candidaturas ao Senado, o Jorge Viana (PT) torna-se um candidato perigoso, porque os votos dos adversários estarão pulverizados em várias vertentes.

VIRTUDE RESSALTADA

VIRTUDE é para ser ressaltada. Acompanhei vários governos ao longo dos meus mais de 40 anos de jornalismo político, alguns cruéis com a imprensa, outros mais democráticos. Mas, nenhum mais liberal com a liberdade de expressão que o governador Gladson.

SERIA BRECADA

NÃO PODERIA fazer campanha para o presidente Jair Bolsonaro. Este é o principal motivo que embalou a programada saída da deputada federal Mara Rocha do PSDB, para vir a ser filiar ao PL, onde estará livre.

FRASE MARCANTE

“Falar é bom e calar é melhor, mas ambos são desagradáveis quando levados ao exagero”. La Fontaine.

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