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Levantamento conclui que 45% dos empregos no Acre são de baixa qualidade    

O estudo da Consultoria IDados mostra que 45% dos empregos no Acre são de baixa qualidade. Divulgado no fim de setembro,  o levantamento cruza série de dados e indicadores para chegar a essa conclusão.  

No ranking dos Estados, esse é um índice intermediário. O Estado  que está em pior situação, no que tange à qualidade do emprego, é o Ceará, com 52,0% dos trabalhadores em empregos de baixa qualidade. Já a melhor situação é o Distrito Federal, onde 36,1% dos trabalhadores estão empregos de baixa qualidade. 

O índice adotado pela IDados é baseado em quatro dimensões distintas do emprego, que são: o salário, a estabilidade, a rede de proteção e as condições de trabalho. Se o salário é determinado como insuficiente (com base em um critério que não será discutido aqui), então o emprego recebe nota igual a 1 no que tange a essa dimensão. Caso o salário seja entendido como adequado, o índice recebe nota igual a 0 para essa dimensão. O mesmo é feito para as demais dimensões, sendo que notas iguais a 1 sempre indicam insuficiência (novamente: não cabe discutir aqui esses critérios). 

Para chegar aos números sobre o Brasil, a consultoria baseou-se em indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, do IBGE, de 2017. A ideia era olhar o mercado de trabalho sem as recentes distorções gerada pela pandemia. 

O principal fator para a má qualidade do emprego no Brasil está no salário. Segundo o estudo, 77,7% das ocupações remuneram insuficientemente para adquirir seis cestas básicas, critério de corte adotado. Cada cesta custa pouco mais de R$ 500. 

 Logo após os salários, a falta de estabilidade pesa para a baixa qualidade das ocupações no país. Cerca 40% dos trabalhadores estavam no emprego havia menos de 36 meses, o que evidenciaria uma rotatividade excessiva da força de trabalho. Outro fator para a baixa qualidade do emprego é a seguridade. Dos ocupados, 35,7% não contribuem para a Previdência Social e ficam desprotegidos de direitos trabalhistas, como os auxílios (doença, acidente e aposentadoria). 

Por fim, pesa negativamente a jornada de trabalho superior a 48 horas semanais, emprego sem carteira assinada ou trabalhador por conta própria sem ensino superior. Os aspectos são reunidos em pontos e levam ao número final. 

 

O estudo da IDados pode ser acessado aqui 

https://blog.idados.id/qualidade-do-emprego-unidades-federacao-brasil/ 

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