Apesar da crise econômica que atingiu quase todos os setores no Estado durante a pandemia, as lojas de produtos eróticos não têm do que reclamar. As 300 consultoras da loja Favorita (no Centro da cidade) duplicaram as suas vendas nos quatro meses de isolamento social, com as entregas delivery. Os produtos mais solicitados pelos clientes foram as pomadas, os estimulantes sexuais, as próteses, os vibradores e acessórios eróticos usados nas fantasias sexuais dos casais para suportar o tédio do confinamento que durou quase 120 dias. “O produto mais procurado em nossa loja foi o gel lubrificante usado no sexo anal”, comentou a vendedora Roseli Moura. Ele contou que a empresa representante da marca Favorita tem duas lojas de sex shop na capital acreana. A primeira atende diretamente a clientela, enquanto a segunda as consultoras que fazem as vendas de casa a casa. Sempre aparece um cliente com um pedido inusitado, “mas a maioria das nossas clientes que nos procurava em buscam peças íntimas e produtos eróticos para apimentar o relacionamento desgastado pela rotina”, observou a gerente do estabelecimento comercial. Destacou que as consultoras contam com um catálogo com todos os produtos ofertados na loja pública e no setor de distribuição. Explicou que os clientes e as clientes fazem o pedido, mas em poucas horas recebem a encomenda, outros preferem procurar uma das lojas que fica no centro da cidade. “O carro-chefe da Favorita são produtos sex shop, mas sempre buscamos manter a discrição para preserva-los”, revelou. Um levantamento da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (Abeme) apontou que durante o confinamento da população brasileira por causa da pandemia foram comercializados mais de 1 milhão de vibradores no país. As vendas do produto registrou um aumento das vendas de 4,12% em comparação com o ano passado (em 2019). Muitos confinados com temor de se relacionar com outra pessoa fora do convívio familiar recorreram aos vibradores e máscaras para dar vazão aos fetiches das suas fantasias sexuais. Para surpresa, as mulheres casadas na faixa etária dos 25 a 35 anos que mais procuraram o produto no mercado erótico durante a quarentena.
Fonte: A Tribuna do Acre