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Governo articula retorno da agroindústria de palmito da Bonal

Após 15 anos de interrupção das atividades agroindustriais de produção e processamento de palmito da famosa marca Bonal, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) e a Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), têm articulado um grande arranjo institucional envolvendo órgãos federais, estaduais, municipais e cooperativas de produtores rurais e extrativistas para o retorno da famosa agroindústria do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Nova Bonal, localizado no município de Senador Guiomard, a 80 km da capital Rio Branco.

Nesta terça feira, 7, uma comitiva com representantes do Estado e de outras esferas estiveram presentes no PDS Nova Bonal para verificar de perto o andamento da obra de instalação da agroindústria de beneficiamento de palmito de pupunha que está sendo construída por uma parceria entre o governo do Estado e a Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre).

Estiveram presentes para conversar com os produtores da região o secretário de Produção e Agronegócio, Edivan Azevedo; o superintendente do Incra no Acre, Sérgio Bayum; o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Valtinho José da Silva; e o superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro.

“Tratamos da organização produtiva, da construção de viveiros, mecanização das áreas de capoeira, melhoramento de ramais, crédito rural e assistência técnica para as famílias a fim que haja uma produção mínima de palmito para o funcionamento da unidade de maneira sustentável economicamente. Assim, o Estado segue o projeto do governador Gladson Cameli para fixação do homem do campo em sua terra, com geração de emprego e renda para as famílias locais”, disse Edivan Azevedo.

A expectativa agora é que, além de colocar a agroindústria para funcionar, um projeto para gerar matéria prima corresponda à plantação de 200 hectares de pupunha com um milhão de mudas. O projeto pode até mesmo incorporar produtores de outras localidades num raio de 200 quilômetros, com previsão para iniciar em outubro de 2020 o processamento de palmito e a comercialização da produção.

Histórico de desafios

A Fazenda Bonal foi adquirida ainda nos anos 70 para exploração intensiva do látex de seringueira, mas com a decadência da borracha no mercado nacional e internacional, seus proprietários passaram a investir, a partir de 1980, no plantio de pupunha para produção de palmito, construindo, inclusive, uma agroindústria para beneficiamento do produto.

No início dos anos 2000, os moradores da Fazenda Bonal se organizaram, por meio de uma associação, para reivindicar a terra junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), entre outras políticas públicas. Após cinco anos de negociação com os proprietários do imóvel, em julho de 2005 o governo federal, por meio do Incra, comprou a área da fazenda, com mais de 10 mil hectares e criou o PDS Nova Bonal, assentando 209 famílias sem-terra, entre elas cerca de 40 famílias remanescentes da antiga Fazenda Bonal.

Para a gestão da agroindústria de palmito de pupunha e facilitar a comercialização dos produtos, a Seict estabeleceu um termo de fomento, por meio de um chamamento público, e um termo de cessão e uso dos equipamentos com a Cooperacre, no âmbito do Programa de Saneamento Ambiental Integrado e Inclusão Socioeconômico do Acre (Proser), no valor de R$ 1,1 milhão. Por sua vez o Incra, aportou recursos para a parte estrutural e construção do Projeto Arquitetônico da agroindústria.

O presidente da Cooperativa Agroextrativista Nova Bonal (Cooperbonal), Raimundo Macedo, destacou a importância do funcionamento da fábrica para fixação do homem no campo, geração de emprego e renda para as muitas famílias do projeto que esperam há anos pelo retorno dessa atividade que vai agregar valor ao palmito da pupunha.

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