O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), irá lançar, na próxima quinta-feira, 1º de agosto, o mutirão de cirurgias ortopédicas. O objetivo é diminuir a demanda reprimida por cirurgias deste tipo no estado, devolvendo a qualidade de vida aos pacientes.
Faltando poucos dias para o início dos procedimentos, toda a equipe segue empenhada em garantir que tudo ocorra conforme planejado, alcançando, nesta primeira fase, 100 pacientes. A maioria deles sofre com lesões ligamentares ou de menisco e serão operados a partir desta semana, com a previsão de conclusão do mutirão em até dois meses, regularizando a fila e diminuindo, portanto, o tempo de espera daqueles que precisam desse tipo de procedimento.
O contador Alex Meireles, de 37 anos, é um dos contemplados e, em breve, dará adeus ao desconforto em ambos os joelhos. “Eu venho lutando desde janeiro de 2023. [Ser chamado para o mutirão] me deixa muito feliz, agraciado por ser contemplado aí com essa situação e estou ansioso, porque a gente sabe como que é o dia a dia. Às vezes, em um movimento errado, a gente acaba sentindo bastante dor e aí a gente tem que estar convivendo com os remédios. A gente fica impossibilitado de praticar esporte, de uma simples corrida e nisso vêm as consequências, como aumento de peso e as dificuldades diárias mesmo”, relata.
Rodrigo Minuano é um dos médicos especialistas que irá operar no mutirão. Foto: Gleison Luz/Fundhacre
As primeiras cirurgias do mutirão serão conduzidas pelo médico cirurgião ortopedista Rodrigo Minuano, além dos especialistas Vinícius Magalhães, Antônio Isser e Aluízio Pereira Júnior, que contam com todo o apoio da equipe multiprofissional. “O mutirão, na verdade, é para os casos que estão em maior quantidade na fila, como lesão ligamentar, lesão de menisco e, na maioria deles, são pacientes jovens. Então, vai começar agora, para tentar diminuir essa espera, que acabou tumultuada depois da pandemia. A ideia é tentar, com esse ‘Opera Joelho’, normalizar [a realização das cirurgias ortopédicas]”, afirmou o médico Rodrigo Minuano.
Além das cirurgias em si, outra novidade é que os pacientes operados no mutirão já sairão das cirurgias encaminhados para seguir com a fisioterapia pós-operatória pela equipe de fisioterapeutas da Fundhacre, no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Para a realização do mutirão de cirurgias ortopédicas, o Estado conta com emenda parlamentar no valor de R$ 2 milhões do senador Alan Rick.
“A gente sabe que o pós-operatório é muito importante para assegurar que os pacientes voltem efetivamente à sua vida normal, a fazer suas atividades de rotina. Então, a gente conversou com a nossa equipe de fisioterapeutas para que eles possam dar essa atenção aos pacientes do mutirão, a fim de garantir a plena recuperação de cada um deles”, frisou a presidente da Fundhacre, Ana Beatriz Souza.
O fisioterapeuta Mário Lopes destacou que o Serviço de Fisioterapia da Fundhacre recebe pacientes vindos da ortopedia e da neurologia, a partir dos 15 anos. “Temos uma equipe especializada para trabalhar com pacientes do pós-operatório, fraturas e também os problemas crônicos dentro da ortopedia e da reumatologia e os pacientes vindos da neurologia, com pacientes com sequelas de AVC. E pensando no serviço do mutirão de cirurgias de joelho, estamos preparando uma equipe para receber nossos pacientes vindo do pós-operatório para, prontamente, agilizar a sua reabilitação”, destacou Lopes.
O secretário de Saúde do Acre, Pedro Pascoal, reforça o empenho das equipes para a realização do mutirão. “Foi uma determinação do governador Gladson Cameli que a gente viabilizasse esse mutirão, e estamos muito felizes em poder anunciar, em breve, o início das cirurgias para devolver a qualidade de vida a essas pessoas que estão na fila aguardando pelo procedimento. E com o apoio dos fisioterapeutas nesse pós-operatório, a gente garante o sucesso das cirurgias e a retomada desses pacientes à sua vida normal”, ressaltou Pascoal.