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Jejum intermitente pode aumentar em 91% risco de doenças cardiovasculares

Um tipo de jejum intermitente pode elevar as chances de doenças cardiovasculares em 91%, segundo o estudo “Epidemiology and Prevention | Lifestyle and Cardiometabolic Scientific Sessions 2024, da American Heart Association”.

O jejum intermitente é uma estratégia alimentar em que uma parte do dia é reservada para o consumo dos alimentos, enquanto na outra janela a pessoa fica sem comer, ou come e bebe apenas líquidos sem valor nutricional. O modelo do jejum intermitente analisado na pesquisa foi um em que as pessoas limitavam seu consumo de alimentos a um período de no máximo 8 horas por dia – uma dieta adotada por diversas celebridades.

Dentre os resultados, a pesquisa ainda aponta que pessoas com doenças cardíacas ou câncer também apresentavam um risco aumentado de morte cardiovascular. Além disso, em comparação com um horário padrão de alimentação de 12 a 16 horas por dia, limitar a ingestão de alimentos a menos de 8 horas não leva pessoas a viverem, necessariamente, mais.

Ainda segundo o estudo, o hábito de pessoas com doenças cardiovasculares existentes limitarem a janela de alimentação a 10 horas por dia, foi associada a um risco 66% maior de morte por doença cardíaca ou acidente vascular cerebral.

Os pesquisadores revisaram dados sobre padrões alimentares de participantes das pesquisas nacionais de exame de saúde e nutrição (NHANES, em inglês) anuais de 2003-2018, em comparação com dados dos centros nacionais de controle e prevenção de doenças, sobre pessoas que morreram nos EUA, de 2003 a dezembro de 2019. O estudo analisou os comportamentos de 20 mil pessoas, com uma média de 45 anos de idade.

O autor do estudo, Victor Wenze Zhong, afirmou que apesar da popularidade da dieta, os impactos podem ser perigosos, e a longo prazo, os efeitos são desconhecidos. “É crucial que os pacientes, especialmente aqueles com problemas cardíacos ou câncer, estejam cientes da associação entre uma janela alimentar de 8 horas e o aumento do risco de morte cardiovascular. As descobertas do nosso estudo incentivam uma abordagem mais cautelosa e personalizada às recomendações dietéticas, garantindo que estão alinhadas com o estado de saúde de um indivíduo e com as evidências científicas mais recentes”.

Fonte: Terra

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