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Ato público marca 1 ano sem ocorrência de feminicídio em Cruzeiro do Sul

Um ato solene realizado na manhã desta terça-feira, 9, no Centro Cultural do Juruá, marcou o fato do município de Cruzeiro do Sul fechar o ano de 2023 sem o registro de feminicídio. O índice caminha na contramão do que foi observado no restante do Estado, onde, observou-se um aumento nos casos.

A redução está ligada, entre outros fatores, à criação da Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, que trabalhando em rede com outras instituições estaduais e federais, conseguiu ampliar a efetividade e o alcance das políticas públicas para as mulheres para as regiões rurais e ribeirinhas, onde a distância dificultava o acesso delas acesso a estas políticas. Parte do resultado também é creditado às ações preventivas. Quando a equipe verifica uma situação de violência contra a mulher, realiza o acolhimento necessário para evitar pum agravamento da situação para um feminicídio.

“Desde o início da nossa gestão o prefeito Zequinha já vinha sinalizando no sentido de dar importância à criação de políticas públicas para combater a violência contra a mulher. Estamos há mais de um ano sem feminicídio em Cruzeiro do Sul (Dados da Delegacia da Mulher). Sabemos que, infelizmente, o Acre tem vivido um aumento nos índices de violência contra a mulher alarmantes. Cruzeiro do Sul marca e celebra, graças a Deus, este período sem feminicídio. Esta coordenadoria foi fundamental e fortalecê-la é muito mais crucial. Não podemos baixar a vigilância; as políticas públicas devem ser permanentes para combater a violência contra a mulher. Esta coordenadoria assegura que essas políticas sejam executadas. O prefeito Zequinha tem consciência da necessidade de fortalecer esta coordenadoria para que as mulheres sejam assistidas neste processo de combate à violência contra a mulher, ”relatou o vice prefeito Henrique Afonso.

“É um momento muito feliz para a coordenadoria, pois a gente batalhou muito para que este número zerasse e conseguimos fechar o ano sem feminicídio em 2023. Realizamos várias ações durante todo o ano. Um trabalho que depende também das outras instituições. Parcerias com a rede de proteção à mulher e parcerias com o estado e município fazem a diferença para que as ações aconteçam. Tivemos palestras, Agosto Lilás, 16 dias de ativismo, conseguimos os alcançar diversas áreas rurais, como Lagoinha, Santa Luzia e Deracre. Realizamos um trabalho na Terra Indígena para levar a temática de dizer não à violência contra a mulher. Infelizmente, o Acre está no ranking do feminicídio, mas Cruzeiro do Sul, graças a Deus, fez a diferença. Não houve nenhum feminicídio, embora haja tentativas e denúncias de violência. Já estamos elaborando um cronograma para alcançar aonde ainda não chegamos. Agradecemos ao prefeito Zequinha Lima e ao vice Henrique Afonso por terem essa sensibilidade de criar esta coordenação. Nunca houve antes essa coordenadoria e já vai para o quarto ano”, relatou.

“A rede tem trabalhado de forma integrada tanto nas esferas municipal quanto estadual. Está bastante alinhada, trabalhando na política de prevenção e promoção. A rede tem desenvolvido este atendimento psicossocial e cursos de formação, como o programa Mulheres Mil. O SENAC está à frente de um curso para as mulheres de Cruzeiro do Sul. Temos a rede fortalecida e integrada da CREAS, a coordenação de políticas públicas. Temos a integração da rede e agora a efetivação da Secretaria da Mulher, que trabalha o acolhimento e o fortalecimento das políticas públicas com mulheres buscando seus direitos, em uma rede composta por ONGs, mulheres e instituições públicas, municipais e estaduais, atuando para que as mulheres se sintam acolhidas e fortalecidas”.

“Estamos aqui lembrando do que passamos em anos anteriores: em 2021 estávamos chorando, mulheres tiveram suas vidas ceifadas, suas famílias destruídas. Em 2023, estamos aqui agradecendo a Deus pela vida preservada de muitas mulheres. Agradeço ao meu esposo e prefeito Zequinha, bem como a vice Henrique por criarem esta coordenadoria de política de políticas públicas para mulheres. Mais importante para isso foi a criação da rede de proteção para mulheres. Ela funciona e estamos vendo os resultados desta ação unificada. Quando não existia a coordenadora, a rede em Cruzeiro do Sul, o que ouvíamos eram os resultados fatais das mulheres assassinadas . Nós demos maior visibilidade a essa questão da violência, levamos a temática para as mulheres nas terras indígenas, locais afastados, tiramos do casulo onde viviam com medo de falar ou mostrar sua cara”, pontua a primeira dama de Cruzeiro do Sul, Lurdinha Lima.

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