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A escassez de água durante os períodos de seca na Amazônia afeta diretamente as atividades de pesca, agricultura e abastecimento das comunidades ribeirinhas. Para apoiar os órgãos de defesa civil na redução dos impactos da estiagem, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, promoveu a conferência “Pré-seca: Análise e Prognóstico para 2023”.

O evento, que ocorreu em Porto Velho, Rondônia, nesta quinta-feira (29), durante o 1º Seminário de Hidrologia da Amazônia, contou com uma série de mesas-redondas e minicursos. Uma das palestras abordou o tema “Amazônia pelo clima: diagnóstico e prognóstico climático para a Amazônia Legal brasileira e internacional”, na qual o meteorologista Luiz Alves expôs as previsões climáticas para os próximos três meses na Amazônia, de julho a setembro.

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De acordo com o especialista, o fenômeno El Niño, que ocorre a partir de junho, provoca interferência no clima no País. O evento natural caracteriza-se pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico tropical. “Boa parte da Amazônia vai apresentar chuvas abaixo do normal para esse trimestre. A estação seca deverá ser prolongada e vamos ter mais ocorrência de queimadas”, destacou.

O gráfico abaixo apresenta essa anomalia climática prevista para os próximos meses. Toda região em que se encontram os Estados de Roraima e do Acre vai enfrentar baixa incidência de chuva.

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A conferência contou com a participação de membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), único bloco socioambiental da América Latina, além deles, integrantes de organizações intergovernamentais e representantes dos setores público e privado, além da sociedade civil também participarão.

O Assessor Executivo da Defesa Civil do Mato Grosso, Major do Corpo de Bombeiros, Lucas Souza, enfatizou que os conhecimentos adquiridos no seminário auxiliam na tomada de medidas preventivas e na execução de estratégias de assistência à população afetada pela seca. “O seminário gerou uma aproximação dos pesquisadores, cientistas e pessoas que geram dados com nós, da Defesa Civil. A partir das informações geradas por esses especialistas, podemos tomar as decisões em situações de risco iminente e buscar ações antes que os desastres possam vir a acontecer. O que a gente vê aqui traz mudanças e melhorias lá na ponta “, frisou.

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