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A segunda edição do evento “Povos originários e comunidades indígenas: o Acre (aquiri) e suas raízes” foi encerrada na tarde desta terça-feira (5) no auditório do Ministério Público Federal (MPF) em Rio Branco, com vários debates e importantes questionamentos acerca de toda a problemática vivenciada pelos indígenas no Brasil, e especialmente no Acre.
Um dos coordenadores do evento, procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, avalia que dar visibilidade à causa indígena é fundamental para a garantia dos direitos constitucionalmente assegurados, mas que muitas vezes são violados por práticas racistas e excludentes, que se caracterizam como violência cometida contra indivíduos e culturas.
O racismo institucional e violências contra os povos indígenas foi ainda tema da palestra do outro coordenador do evento, o analista do MPF Gerôncio Macedo Júnior, que expôs casos reais de racismo e violências praticados por instituições, autoridades e órgãos de imprensa.
Lideranças e representantes dos povos Apurinã , Huni kuin, Yawanawa, Shanenawa e Manchinery participaram ativamente do evento, que contou com seis palestras ministradas por indígenas, que ao lado de acadêmicos, estudantes e servidores de áreas que trabalham no atendimento e prestação de serviço público direcionado aos povos indígenas desenharam um preocupante cenário de sucateamento das instituições e de ataques a direitos que vêm sendo cometidos especialmente por parte do Estado brasileiro.
Nedina Yawanawa, coordenadora da Organização das Mulheres Indígenas do Acre, Sul do Amazonas e Noroeste de Rondônia (Sitoakore), ressaltou que, se antes o dia 19 de abril era um dia marcado como “Dia do Índio”, agora o mês de abril inteiro é um mês de luta e resistência, com mobilizações e ações que visam aproximar as comunidades indígenas de direitos básicos garantidos pela Constituição, como o direito à vida, a viver em suas terras, receber educação e atendimento de saúde.

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