O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, o desempenho recente dos indicadores de confiança e a recuperação gradual do mercado de trabalho indicam a resiliência e a retomada da atividade econômica no país. A avaliação foi feita pelo coordenador-geral de Modelos e Projeções Econômico-Fiscais da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE), Sérgio Gadelha, durante apresentação da Conjuntura Macroeconômica e Arrecadação Bruta de Tributos Federais, nesta terça-feira (29/06), em coletiva virtual.
A SPE destacou o avanço de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que reforça a retomada da economia. Pelo lado da oferta, destacou-se o crescimento nos setores agropecuário, indústria e serviços. Já na demanda, o destaque foi no crescimento da formação bruta de capital fixo, seguido das exportações.
Ainda de acordo com a SPE, os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) também refletiram a consolidação da atividade econômica. A PMC mostrou que as vendas no comércio varejista subiram 1,8%, de modo que o varejo ficou 0,9% acima do patamar pré-pandemia. A maior alta foi no subsetor Móveis e Eletrodomésticos (24,8%). A PMS indicou que o volume de serviços cresceu 0,7% para o mesmo período.
De acordo com Gadelha, na passagem de abril para maio, os indicadores de confiança da Economia apurados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) – Consumidor, Serviços, Comércio e Indústria – também confirmaram tendência de recuperação da economia. “A flexibilização das medidas de distanciamento social e a retomada da economia explicam a melhora da confiança do consumidor”, esclarece.
A resiliência do emprego formal também seguiu como destaque na retomada da economia, na avaliação da SPE. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em abril, houve geração líquida de 120 mil postos de trabalho com carteira assinada, aproximadamente. Todos os grandes setores da economia apresentaram saldo positivo no período, com destaque para os setores de comércio e serviços.
As projeções de mercado sobre a arrecadação federal, reportadas no Prisma Fiscal da SPE, continuaram a indicar expectativas de recuperação econômica. “Verificou-se que a arrecadação total em maio foi muito acima do valor esperado pelo mercado, com erro elevado em comparação com os 12 meses anteriores. A arrecadação de maio ultrapassou inclusive a projeção máxima feita pelo mercado, que foi de R$ 137 bilhões”, concluiu Sérgio Gadelha.