fbpx

Caminhões e carretas são 60% dos veículos que passarão pela Ponte do Madeira

Maior obra estruturante do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) da última década, sob a responsabilidade da unidade Rondônia, a Ponte do Abunã, sobre o rio Madeira, próximo da divisa entre Acre e Rondônia, vai encerrar um ciclo de isolamento entre o estado acreano e o Brasil.

A ponte vai conectar em definitivo Rio Branco a  Porto Velho (RO), pela BR 364, rodovia de fundamental importância para o escoamento da produção das regiões Norte e Centro Oeste, com conexão na BR 317, a Transoceânica, que liga o Brasil ao Porto de Ilo, no Peru.

Financiada pelo governo federal, a obra começou em 2014, e por causa de atrasos na liberação dos recursos financeiros, ficou pronta depois do cronograma previsto no projeto que consumiu R$ 148 milhões. A empresa paranaense Arteleste foi a executora do projeto.

Encravada no encontro dos rios Madeira e Abunã, no distrito de Vista Alegre do Abunã (RO), região pertencente ao município de Porto Velho, a ponte é a segunda maior em água doce do Brasil, com 1.517 metros. A primeira é a ponte do rio Negro, em Manaus com 3.595 metros. Embora esteja dentro do território rondoniense, a obra também carrega o DNA do Acre, porque nela estão esforços de muitos parlamentares do estado, coordenados pelo governador Gladson Cameli, maior entusiasta do projeto.

“A construção dessa ponte foi um sonho de muitos acreanos e, hoje, já posso dizer que é uma realidade. A partir do próximo dia 7, vamos virar essa página marcada pelo atraso e daremos início a um novo tempo de desenvolvimento”, enfatizou.

De uma ponta a outra são três trechos distintos, do ponto de vista da engenharia. O trecho navegável, chamado de “vão”, que tem 170 metros (distância entre uma pilastra outra), o elevado, que reúne todo trecho entre uma margem e outra do rio, e o elevado, uma espécie de viaduto, construído na última etapa do projeto e que tem 430 metros de extensão.

A Ponte é curvada, nos moldes de um arco. No ponto mais alto atinge 31 metros em relação a lâmina d’água. Possui pista com 14,45 metros de largura. A pista de rolamento tem 3,5 metros de largura cada, com  2,5 metros de acostamento e 1,5 metros de calçada. Para concluir  toda essa estrutura, a Arteleste atuou com 160 operários e aplicou 13 mil toneladas de cimento, 3.500 toneladas de aço e 12 mil toneladas de asfalto.

Acreano de Bujari, o superintendente do DNIT/RO, André Lima dos Santos vai entregar junto com o governo federal e os governos do Acre e Rondônia, a obra mais esperada por quem mora nessa região, principalmente no seu estado natal.  “É a maior ponte em água doce sob a nossa responsabilidade na Amazônia. Vamos incluí-la no Programa de Manutenção em Obras de Artes Especiais, onde prestamos manutenção a mais noventa pontes aqui em Rondônia. Eu nem pensava em trabalhar no DNIT, mas todas as vezes que passei por aqui usando as balsas sonhava com essa ponte e agora esse sonho vai se realizar”, destaca André.

Segundo levantamento realizado pelo DNIT, tomando por base o número de veículos no eixo da BR 364 entre Porto Velho e Rio Branco, a ponte vai receber um fluxo previsto superior a mil veículos por dia, com 60% desse percentual de caminhões e carretas.

 

Neste artigo