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Pedidos de auxílio-doença crescem mais de 100% durante a pandemia, aponta TCU

As agências do INSS em todo o Brasil estão fechadas desde o dia 23 de março, quando o atendimento passou a ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS e também pelo número 135. Pouco antes do fechamento, de fevereiro até maio, os pedidos de auxílio-doença ao órgão, cresceram 123%.

A fila de pessoas que esperavam uma análise de benefícios por incapacidade nesse período passou de quase 245 mil para cerca de 546 mil. Mais, de 90% desses requerimentos eram de auxílio-doença. As informações são de levantamento do Tribunal de Contas da União.

O desempregado José Vitorino sofre de convulsões e não tem como trabalhar com carteira assinada. Ele entrou com pedido de auxílio-doença em fevereiro, mas até momento, não conseguiu uma resposta do INSS.

Jeane Cardoso tentou ajudar o pai a conseguir a prorrogação do auxílio-doença, porém ainda não obteve nenhuma sinalização sobre o pedido.

Como as agências do INSS estão fechadas há quase quatro meses, pedidos de auxílio doença como o do pai de Jeane não passam por perícia médica. Mas é necessário acrescentar um atestado médico no site ou aplicativo para dar tudo certo e o interessado começar a receber um salário mínimo.

Segundo o TCU, quase 270 mil casos de recusas de benefícios entre abril e maio deveriam ser reanalisados.

O INSS informou que tomou todas as medidas para garantir o direito dos cidadãos durante a pandemia da Covid-19, incluindo a simplificação dos procedimentos, a dispensa de exigências e a oferta de serviços por meio de canais remotos. Ainda acrescentou que elas vão continuar valendo mesmo após a retomada do atendimento presencial.

EBC

 

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