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Serra do Divisor: Por que parque com biodiversidade única corre risco no AC

 

 

Criado em junho de 1989, o Parque Nacional da Serra do Divisor, na fronteira do Acre com o Peru, guarda uma das maiores biodiversidades do mundo, mas mesmo assim corre o risco de ser encerrado e transformado em uma APA (Área de Proteção Ambiental). Caso isso ocorra, toda fauna e flora únicas perderiam um status de proteção e poderiam passar a ter maior ação humana.

O projeto de lei que prevê a mudança é da deputada federal Mara Rocha (PSDB-AC). Um dos argumentos para acabar com o parque é a ideia de construção de uma estrada entre Cruzeiro do Sul (AC) e Pucallpa, no Peru, com 220 km de extensão.

A proposta é questionada por ambientalistas, que defendem a manutenção da unidade de conservação tal como está hoje. “A região é tão importante que, em 2015, o Peru criou seu próprio Parque do Divisor, que conecta as duas unidades”, cita a gerente de ciências do WWF-Brasil, Mariana Napolitano.

No lado peruano, a unidade tem 1,3 milhão de hectares, protegendo cerca de três mil espécies de plantas, 570 espécies de aves e 300 tipos de peixes.

Já no lado do Brasil, o parque tem 837 mil hectares, com 1.233 espécies de animais registradas. Só de grandes mamíferos e quirópteros são 102. Além disso, há 14 tipos de primatas, sendo cinco na lista de espécies em extinção.

Hoje, afirma a SOS Amazônia, o parque é destaque pela conservação florestal. “O índice de desmatamento é muito baixo. Até 2017 só 17.559 hectares foram desmatados, ou seja, menos de 2% do total. Isso é muito menos que a média”, diz.

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