A ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) foi incisiva ao destacar a importância da Casa de Governo em Roraima, inaugurada nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, em Boa Vista. “A comunidade indígena tem o direito de ter seus territórios. O estado de Roraima não vai ser dominado pelo crime organizado, pelo garimpo criminoso ou por todas as outras formas de criminalidade que tem aqui”, afirmou.
A estrutura foi criada para coordenar e monitorar a execução do Plano de Desintrusão e de Enfrentamento da Crise Humanitária na Terra Indígena Yanomami. Marina Silva destacou a importância não só da atuação integrada das esferas federal, estadual e municipal, mas de outros setores fundamentais para o sucesso da ampliação do plano de proteção e amparo aos povos indígenas e moradores de Roraima.“A parceria é fundamental, inclusive com a sociedade. É um desafio enorme, mas precisamos da bancada (do Congresso Nacional), do governo, dos prefeitos, da sociedade, das universidades para nos ajudar com dados, para cada vez mais fazermos políticas públicas com base em evidências”, reforçou.
VÁRIAS FRENTES – Marina citou que logo após as festas de fim de ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu os ministros para tratar da questão do povo Yanomami. “Ali foi tratada uma estratégia da segunda etapa da operação, com um trabalho que é feito em várias frentes: segurança alimentar, saúde, combate aos crimes ambientais e proteção das fronteiras”, enumerou.
Ao recordar o ano de 2023, a ministra ressaltou resultados nas centenas de operações que conseguiram neutralizar a abertura de novos garimpos. “No ano passado foram 310 operações, média de quase uma por dia, com apreensão e destruição de equipamentos. Conseguimos ter uma redução em torno de 85% da área desmatada para abertura de novos garimpos”, frisou Marina Silva.