O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio foi de 0,23%, ficando 0,38 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de abril (0,61%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 3,94%, abaixo dos 4,18% observados nos 12 meses anteriores. Em maio de 2022 a variação havia sido de 0,47%.
Período | Taxa |
---|---|
Maio de 2023 | 0,23% |
Abril de 2023 | 0,61% |
Maio de 2022 | 0,47% |
Acumulado do ano | 2,95% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 3,94% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em maio, sendo o maior impacto (0,12 p.p.) e a maior variação (0,93%) de Saúde e cuidados pessoais. Na sequência, vieram Habitação (0,67%) e Despesas pessoais (0,64%), contribuindo com 0,10 p.p. e 0,07 p.p, respectivamente. Os preços de Transportes (-0,57%) e Artigos de residência (-0,23%) recuaram em maio. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,47% de Vestuário.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Abril | Maio | Abril | Maio | |
Índice Geral | 0,61 | 0,23 | 0,61 | 0,23 |
Alimentação e bebidas | 0,71 | 0,16 | 0,15 | 0,04 |
Habitação | 0,48 | 0,67 | 0,07 | 0,10 |
Artigos de residência | 0,17 | -0,23 | 0,01 | -0,01 |
Vestuário | 0,79 | 0,47 | 0,04 | 0,02 |
Transportes | 0,56 | -0,57 | 0,12 | -0,12 |
Saúde e cuidados pessoais | 1,49 | 0,93 | 0,19 | 0,12 |
Despesas pessoais | 0,18 | 0,64 | 0,02 | 0,07 |
Educação | 0,09 | 0,05 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | 0,08 | 0,21 | 0,00 | 0,01 |
Em Saúde e cuidados pessoais (0,93%), os destaques foram o plano de saúde (1,20%), os itens de higiene pessoal (1,13%), com destaque para a alta dos perfumes (3,56%), e os produtos farmacêuticos (0,89%), após a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março.
No grupo Habitação (0,67%), a maior contribuição (0,05 p.p.) veio da taxa de água e esgoto (2,67%), devido a reajustes aplicados em seis áreas: Recife (10,79%), com reajuste de 11,20%, a partir de 28 de abril; São Paulo (6,17%), com reajuste de 9,56%, a partir de 10 de maio; Aracaju (4,60%) com reajuste de 4,92%, a partir de 1º de maio; Curitiba (3,44%), com reajuste de 8,20%, a partir de 17 de maio; Belém (0,54%), com reajuste de 8,33%, a partir de 28 de maio; e Goiânia (0,44%), com reajuste de 7,02%, a partir de 1º de abril.
A energia elétrica residencial (0,91% e 0,04 p.p.) também subiu, por conta de reajustes aplicados em seis áreas: Salvador (5,95%), com reajuste de 8,28%, a partir de 22 de abril; Recife (5,18%), com reajuste de 8,33%, a partir de 14 de maio; Fortaleza (3,71%), com reajuste de 4,85%, a partir de 22 de abril; Campo Grande (2,47%), com reajuste de 9,80%, a partir de 8 de abril; Belo Horizonte (1,48%), com reajuste de 14,69%, a partir de 28 de maio; e Aracaju (1,47%), com reajuste de 1,82%, a partir de 22 de abril.
Ainda em Habitação, a queda nos preços de gás encanado (-0,59%) decorre de reduções tarifárias de 3,05% em Curitiba (-2,85%) e de 0,59% no Rio de Janeiro (-0,55%), ambas a partir de 1º de maio.
Em Despesas pessoais (0,64%), destaca-se a alta de 12,18% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15,00% no valor das apostas, a partir de 30 de abril. Cinema, teatro e concertos (1,06%), alimento para animais (0,95%) e empregado doméstico (0,24%) também registraram alta em maio.
A desaceleração observada no grupo Alimentação e bebidas (de 0,71% para 0,16%) foi influenciada pela alimentação no domicílio, que passou de 0,73% em abril para uma estabilidade em maio. No lado das altas, os destaques foram o tomate (6,65%), o leite longa vida (2,37%) e o pão francês (1,40%). Por sua vez, houve queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).
A alimentação fora do domicílio variou 0,58%, abaixo do registrado no mês anterior (0,66%). Houve desaceleração nos preços do lanche (de 0,93% em abril para 0,71% em maio) e da refeição (de 0,51% em abril para 0,47% em maio).
A queda do grupo Transportes (-0,57% e -0,12 p.p.) foi influenciada pelo recuo nos preços das passagens aéreas (-17,73%). Além disso, destaca-se o resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%). O etanol (0,38%) foi o único combustível a registrar alta em maio.
Ainda em Transportes, as tarifas de metrô (0,91%) sofreram reajuste de 6,15% no Rio de Janeiro (2,53%), a partir do dia 12 de abril. A alta de 2,83% em ônibus urbano deve-se ao reajuste de 33,33% em Belo Horizonte (25,00%), a partir de 23 de abril. Em ônibus intermunicipal (0,15%), houve reajuste médio de 5,77% em Campo Grande (0,78%), a partir de 1º de abril.
Na análise dos índices regionais, somente uma área apresentou queda em maio. A maior variação foi em Fortaleza (0,56%), em função dos jogos de azar (12,18%) e da energia elétrica residencial (3,71%). Já a menor variação foi registrada em São Luís (-0,38%), influenciada pelas quedas de 7,63% no frango inteiro e de 5,87% na gasolina.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
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Abril | Maio | Ano | 12 meses | ||
Fortaleza | 3,23 | 0,56 | 0,56 | 3,10 | 3,16 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,60 | 0,48 | 3,15 | 3,07 |
Recife | 3,92 | 0,16 | 0,41 | 2,23 | 3,34 |
Aracaju | 1,03 | 0,39 | 0,35 | 2,98 | 3,19 |
Salvador | 5,99 | 0,50 | 0,35 | 3,23 | 4,21 |
Campo Grande | 1,57 | 0,89 | 0,30 | 3,06 | 3,24 |
Rio Branco | 0,51 | 0,64 | 0,29 | 2,61 | 3,97 |
Curitiba | 8,09 | 0,57 | 0,25 | 2,92 | 2,70 |
São Paulo | 32,28 | 0,67 | 0,24 | 3,13 | 5,08 |
Brasília | 4,06 | 0,56 | 0,19 | 2,70 | 4,49 |
Goiânia | 4,17 | 0,77 | 0,15 | 3,06 | 2,81 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,49 | 0,08 | 2,83 | 3,31 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,85 | 0,08 | 2,68 | 3,64 |
Vitória | 1,86 | 0,31 | 0,01 | 3,03 | 4,32 |
Belém | 3,94 | 0,56 | 0,01 | 2,70 | 3,50 |
São Luís | 1,62 | 0,53 | -0,38 | 1,53 | 2,26 |
Brasil | 100,00 | 0,61 | 0,23 | 2,95 | 3,94 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de abril e 29 de maio de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de março a 28 de abril de 2023 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC fica em 0,36% em maio
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,36% em maio, abaixo do registrado no mês anterior (0,53%). No ano, o INPC acumula alta de 2,79% e, nos últimos 12 meses, de 3,74%, abaixo dos 3,83% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2022, a taxa foi de 0,45%.
Os produtos alimentícios subiram 0,16% em maio, após alta de 0,61% em abril. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,43%, desacelerando em relação ao resultado de 0,50% observado em abril.
Os preços recuaram somente em São Luís (-0,33%), onde pesaram as quedas nos preços do frango inteiro (-7,63%) e da gasolina (-5,87%). A maior variação, por sua vez, foi em Belo Horizonte (0,79%), puxada pela alta de 25,00% do ônibus urbano.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Abril | Maio | Ano | 12 meses | ||
Belo Horizonte | 10,35 | 0,59 | 0,79 | 3,28 | 3,22 |
Aracaju | 1,29 | 0,29 | 0,66 | 2,99 | 3,51 |
Fortaleza | 5,16 | 0,69 | 0,60 | 3,24 | 3,57 |
Recife | 5,60 | 0,07 | 0,59 | 2,12 | 3,52 |
Salvador | 7,92 | 0,37 | 0,56 | 3,07 | 4,32 |
Rio Branco | 0,72 | 0,55 | 0,41 | 2,80 | 3,43 |
Curitiba | 7,37 | 0,51 | 0,40 | 3,04 | 2,16 |
São Paulo | 24,60 | 0,54 | 0,39 | 2,79 | 5,09 |
Campo Grande | 1,73 | 0,95 | 0,38 | 3,22 | 3,02 |
Vitória | 1,91 | 0,16 | 0,24 | 2,88 | 3,83 |
Goiânia | 4,43 | 0,83 | 0,16 | 2,79 | 3,42 |
Belém | 6,95 | 0,54 | 0,13 | 2,90 | 3,65 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,26 | 0,12 | 2,76 | 2,79 |
Brasília | 1,97 | 0,46 | 0,11 | 2,30 | 3,56 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,85 | 0,08 | 2,39 | 3,14 |
São Luís | 3,47 | 0,54 | -0,33 | 1,56 | 2,77 |
Brasil | 100,00 | 0,53 | 0,36 | 2,79 | 3,74 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de abril a 29 de maio de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de março a 28 de abril de 2023 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.