A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), através da diretoria de Vigilância em Saúde, promoveu entre os dias 20 e 22, um curso sobre Vigilância e Controle da Equinococose Policística, também conhecida como doença da paca.
O curso foi ministrado para agentes de controle de Zoonoses, agentes de combate a Endemias e agentes comunitários de Saúde que trabalham em comunidades rurais e para alunos de medicina e medicina veterinária da Universidade Federal do Acre (Ufac) por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz e Ufac, como parte das atividades do projeto Vigilância e Controle de Doenças Negligenciadas Endêmicas do Estado do Acre.
A Equinococose Policística, na Região Norte, é uma doença zoonótica causada pelo estágio larval de tênias de helmintos do gênero Echinococcus, que possui como hospedeiros intermediários a paca e a cutia e como hospedeiros definitivos cães selvagens e o cão doméstico.
O parasita é introduzido no ambiente doméstico por meio da caça de subsistência, onde moradores de comunidades rurais descartam as vísceras da paca e da cutia para os cães domésticos que se infectam e liberam os ovos do parasita nas fezes. O ser humano se infecta por meio da ingestão de água e alimentos contaminados.
A agente de Controle de Zoonose, Denize Araújo, comentou sobre a importância do curso para o município. “Este curso foi muito importante, porque é o primeiro realizado no estado do Acre e por abordar uma doença desconhecida na nossa região e nós como profissionais da zoonose precisamos desses conhecimentos para orientar a população rural”, explicou.
“O curso foi de muita riqueza em conhecimento sobre a doença, uma vez que eu nunca tinha ouvido falar sobre ela. Aprendemos todo o processo que um profissional de saúde precisa saber sobre o assunto abordado no curso”, complementou.
Dulcineide Souza, agente de Controle de Endemias e responsável técnica pela área de educação e comunicação em saúde da Diretoria de Vigilância e em Saúde.
A “Doença da Paca” é uma doença negligenciada com a maioria dos casos do Brasil provenientes da região amazônica, sendo que no estado do Acre existe o maior número, com mais de 123 casos registrados.