“É o Estado cumprindo sua função, ajudando as pessoas quando mais necessitam. Mas, como eu sempre digo e peço, com a união de todos fica mais fácil melhorar a vida da população. O meu governo sempre estará ao lado povo, principalmente em dias difíceis como estes, em que as águas trazem dor e nós somos a única esperança para quem passa por aflição”, ponderou Cameli.
Após exceder a cota de transbordo de 13 metros, as águas do rio invadiram lares de mais de 28 mil cruzeirenses. De acordo com o Corpo de Bombeiros, até o momento são 1.010 famílias desalojadas, 124 desabrigadas e quatro vivendo em aluguel social. Além disso, somam-se quase 488 pessoas abrigadas em escolas estaduais e municipais. Ao todo, são 11 bairros atingidos e 14 comunidades rurais afetadas.
A urgência uniu esforços do governo estadual e da prefeitura para prestar apoio aos atingidos. Por determinação de Cameli, todas as pastas do governo estão a serviço das vítimas.
Na terça-feira, 1 de março, uma ação coesa da Secretaria de Estado de Assistência Social (SEASDHM) e do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (Deracre) enviou ao município um quantitativo de 300 cestas básicas, cem colchões e 750 kits para higiene pessoal e limpeza.
“O governo se faz presente, unindo forças para ajudar neste momento tão delicado que as famílias passam”, reforçou a titular da SEASDHM, Ana Paula Lima.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) também realiza importante intervenção, com distribuição de produto para tratamento da água. A iniciativa controla a propagação de doenças entre os ribeirinhos.
Afluente do Rio Juruá, o Moa abriga muitos ribeirinhos, como José Maria dos Santos e mais oito pessoas que compõem a sua família. Sem emprego, eles agradeceram ao governador pela entrega dos mantimentos. “Esses momentos trazem a certeza da escolha correta dos nossos representantes. Temos auxílio em tudo que precisamos. Faltam palavras para agradecer”, resumiu.
Antônia Maciel Gomes é outra moradora do Rio Moa. Mãe de sete filhos, ela relata que o suporte devolve o sentimento de dignidade. “Nos sentimos acolhidos pelo governo. Por todos os transtornos que a gente passa, só uma palavra resume o que sentimos: gratidão. Obrigado, governador. Que Deus te retribua em dobro”, proferiu.
Também fizeram parte da comitiva o prefeito Zequinha Lima, políticos, autoridades locais, e membros de pastas do governo.
Decreto de emergência
Na segunda-feira, 28, o prefeito Zequinha Lima assinou o Decreto de Situação de Emergência em Cruzeiro do Sul. Na prática, o documento funciona com pedido de ajuda ao governo federal a estados e municípios afetados por desastres naturais.
Zequinha Lima conta com recursos da União para auxiliar nas medidas da Defesa Civil. “A situação preocupa, mas o trabalho unido vai ajudar a nossa gente a vencer este momento difícil”, disse.
A prefeitura também criou, no início da semana, uma sala de situação para planejar e traçar estratégias de socorro durante a enchente. O Estado abraçou a iniciativa.
É preciso ficar alerta
É preciso que os ribeirinhos fiquem atentos às adversidades que surgem com a elevação das águas. Além de desbarrancamentos, afogamentos, choques elétricos e perda de bens, as cheias trazem riscos iminentes de acidentes com animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas. São fatores que contribuem para os transtornos e sofrimento de quem se encontra em situação de risco.
O comandante do Corpo de Bombeiros (CBMAC), coronel Carlos Batista, orienta: “Ao menor sinal de perigo, nos procure ou ligue para o 193”.
Juruá Solidário
Coordenada pela primeira-dama de Cruzeiro do Sul, Lurdinha Lima, a segunda edição da Campanha Juruá Solidário teve início na segunda-feira, 28, e segue até que se encerre o período de inundações.
Cameli oficializou, nesta sexta-feira, a entrega de mais dez toneladas de donativos à ação. As equipes buscam, ainda, arrecadar roupas, calçados e alimentos.
O Estado convida a os cidadãos que puderem a fazer sua contribuição. O ponto de coleta de donativos fica no Ginásio Poliesportivo Jader Machado, no bairro da Cohab.