fbpx

Acre quer avançar no atendimento à saúde mental dos povos indígenas

Com a finalidade de planejar e pactuar as ações voltadas à promoção da saúde indígena, o governo do Acre, representado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), participou do 39º Encontro do Grupo de Trabalho Interinstitucional (GTI) de Saúde Indígena do Amazonas, realizado em Manaus, entre os dias 23 e 25 de fevereiro.
O encontro abordou temas como a medicina tradicional, territorialidade e a saúde mental indígena, por meio de reuniões com representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde de diversos estados e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério da Saúde (MS).
De acordo com o técnico do Núcleo de Saúde das Populações Prioritárias e Vulneráveis da Sesacre, Vanderson Brito, o Acre foi convidado para dialogar a respeito dos avanços obtidos na Saúde Indígena do Acre em 2021 e apresentar as ações que estão sendo planejadas para este ano.
“A saúde indígena vem avançando bastante no nosso Estado, sobretudo, no último ano, e tende a se fortalecer ainda mais em 2022. Estar com outros estados, que também discutem essa política e têm práticas exitosas, nos ajuda a entender o nosso próprio processo, a contribuir nos processos internos de outros governos e a colaborar nessas questões voltadas para a promoção da saúde dos nossos povos”, destacou o técnico.
Ainda segundo Vanderson Brito, a Secretaria de Saúde do Acre também vai auxiliar na elaboração da Política Estadual de Saúde Indígena do Amazonas, para compartilhar essas experiências que vêm dando certo e que são fundamentais no fortalecimento da saúde da população indígena no Estado.
“A proposta é que possamos ajuda-los, colaborando com a elaboração do plano do Amazonas, para posteriormente trazermos as experiências de lá e fazermos essa construção coletiva aqui. Estamos voltando desse encontro com boas práticas e parcerias firmadas que serão fundamentais nesse processo”, acrescentou.
Saúde Mental Indígena
Uma das questões debatidas no encontro, pelo Grupo de Trabalho Intersetorial sobre Saúde Mental e Povos Indígenas do Amazonas, foi o melhoramento da rede de atenção psicossocial aos indígenas. Conforme Vanderson Brito, o Acre já vem trabalhando na elaboração de um plano voltado para essa temática.
“A agenda com a rede Intersetorial de Saúde Mental Indígena faz parte do processo de elaboração do nosso Plano Estadual de Prevenção ao Suicídio e Valorização da Vida. Como o estado do Acre e Amazonas compartilham a gestão da saúde de alguns povos, sendo um deles o povo Madjá, que atualmente apresenta altos índices de suicídio, viemos alinhar algumas i
Também fez parte da agenda, uma visita ao Centro de Medicina Indígena Bahserikowi’i (na língua Tukano, Casa de Cura Indígena) e uma conversa sobre a importância da valorização da medicina indígena com o doutor em Antropologia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e criador do Centro, José Paulo Tukano.
“Estamos vendo a possibilidade de criação de um centro de medicina tradicional no Acre, pois sabemos que a saúde indígena se faz sempre do coletivo. Respeitando os povos, suas origens, tradições e cultura. É só assim que vamos conseguir visualizar e realizar melhor esse trabalho”, finalizou Vanderson.

Neste artigo