Mesmo com o nível do Rio Acre apresentando sinais de vazante e saindo da cota de alerta (13,50m) nesta quinta-feira, 24, medindo 12,81m, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da Defesa Civil Municipal, permanece em alerta e trabalhando diariamente para levar dignidade a população acreana.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a previsão para os próximos dias de fevereiro e o mês de março é de chuvas quase todos os dias. Segundo Falcão, esses meses são os que têm o maior índice de inundação, em que 73% das cheias aconteceram durante esse período.
O tenente-coronel ainda ressaltou que a perspectiva é de que o rio Acre volte a subir, pois as águas perderam força de vazante e estão quase estabilizando e, se estabilizar é um sinal que vai voltar a subir.
“Temos ainda um grande risco de inundação. Pode não se concretizar, mas nós fazemos a avaliação e trabalharemos com a hipótese de que haverá uma alagação para ter a preparação correta”, informou Falcão.
Baseado em estudos meteorológicos, estatísticas e também em toda a avaliação da leitura da bacia do Rio Acre, que começa no Peru, na Bolívia, entra no território brasileiro por Assis Brasil e vai até Porto Acre, a Defesa Civil Municipal não descarta uma inundação.
“Recebemos todas as águas que vêm dos outros municípios. A avaliação que nós fazemos é que temos risco, diria até risco alto de inundação, e precisamos estar atentos”, ressaltou Falcão.
O Plano de Contingência permanece em vigor na capital acreana. Nele, é evidenciado que quando o raio chega na marca de 12 metros, devem ser providenciados abrigos. O tenente-coronel Cláudio Falcão disse que foram encomendados 30 abrigos para o Parque de Exposições e, desses, 18 já estão semiprontos. “Vamos permanecer com o Parque de Exposições em condição de abrigar as famílias. Manter todas as secretarias municipais em alerta e a equipe do Corpo de Bombeiros. Os próximos passos são permanecer com a estrutura já pronta e fazer o monitoramento constante para qualquer eventualidade. Lembrando que essa eventualidade não se restringe apenas ao rio, nós temos também os Igarapés”, disse o coordenador.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, durante o período de chuva os riscos aumentam em todos os setores. “Temos desmoronamentos de terra, queda de árvores, muros, edificações comprometidas, sedimento de massa, risco geológico, podemos ter problemas com as ruas, drenagem da cidade, muitos alagamentos, choques elétricos que podem levar a problemas mais graves”, finalizou o tenente-coronel Cláudio Falcão.