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Por meio de sequenciamento genético do Sars-CoV-2, em parceria com a Rede de Vigilância Genômica da Fiocruz, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e o Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia), a Fiocruz Rondônia identificou a presença da variante Delta (B.1.617.2) em 15,9% das amostras analisadas. Foram sequenciadas 44 amostras positivas para Covid-19, referentes ao mês de agosto de 2021, coletadas nos municípios de Porto Velho, Guajará-Mirim, Jaru, Ariquemes, Cacoal e Ouro Preto do Oeste, sendo que 7 − do total de 44 amostras − foram caracterizadas como variante Delta.

A pesquisadora Deusilene Vieira, chefe do Laboratório de Virologia Molecular, informa que a variante Gamma (P.1) continua sendo prevalente nas regiões analisadas. Conforme o estudo, de todas as amostras analisadas, 37 foram caracterizadas como variante Gamma e subvariantes, o que corresponde a 84,1% das amostras coletadas. Dentre as subvariantes identificadas, 51,4% foram caracterizadas como exclusivamente P.1; 29,7% como P.1.4 e 18,9% como P.1.7.

 

A vigilância genômica do Sars-CoV-2 vem sendo desenvolvida em Rondônia, desde abril de 2020. Durante esse tempo, tem sido realizado um intenso monitoramento para a identificação das novas variantes circulantes no estado e a observação do comportamento do vírus na região. “Esse trabalho é extremamente importante, porque permite a nós − pesquisadores da Rede Genômica − avaliarmos o perfil das mudanças que vêm ocorrendo no vírus, correlacionando o resultado desses estudos com o cenário atual”, reforça Deusilene.

 

A pesquisadora informa  que não há registros, até o momento, de mortes que tenham ocorrido entre os pacientes do grupo analisado, mas fez um alerta sobre a alta transmissibilidade do vírus associada à variante Delta. Ela lembra que as medidas de distanciamento social, uso de máscaras, a higienização de alimentos e mãos, de forma adequada, além da vacinação são fundamentais para interromper o ciclo de evolução e disseminação do Sars-CoV-2.

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