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Vice-presidente elogia atuação do governo acreano no combate ao desmatamento

Cumprindo agenda pela segunda vez no Acre, o vice-presidente da República e presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, conheceu nesta quarta-feira, 23, o trabalho desempenhado pelo Governo do Estado do Acre no enfrentamento ao desmatamento ilegal, por meio do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma).

Com suporte tecnológico, ferramentas geoespaciais e técnicos capacitados, o Cigma oferece informações qualificadas para direcionar as estratégias de políticas do governo. O centro é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e conta com a parceria do Instituto de Meio Ambiente (Imac), o Instituto de Terras (Iteracre), o Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac).

Coube à diretora-executiva da Sema, Vera Reis Brown, apresentar ao vice-presidente Mourão o serviço desenvolvido pelo Cigma e o grandioso esforço do governo estadual na fiscalização e combate aos crimes ambientais. Utilizando-se de um conjunto de modernos satélites espaciais, a unidade consegue identificar, em tempo real, focos de calor em todo o território acreano. Além disso, o local é responsável pelos monitoramentos hidrológico e meteorológico.

Mourão conheceu conjunto de satélites que monitoram o estado do Acre na área ambiental Foto: Marcos Vicentti/Secom

Dados referentes ao número de queimadas foram apresentados ao presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal. Entre janeiro e 11 de setembro, houve redução de 16,7% em comparação com o mesmo período de 2019, no Acre. Somente em setembro, mês considerado mais crítico, a queda é de 90%. Desde maio, operações com a participação de diversos órgãos do governo e outras instituições estão sendo realizadas em todas as regiões do estado para coibir os crimes ambientais. Todo este aparato tem sido fundamental para que os resultados positivos sejam alcançados.

Vera Reis alertou para o considerável aumento de invasões em florestas públicas. Segundo a diretora-executiva, grileiros experientes neste tipo de crime estão atuando no Acre, apesar da constante fiscalização. “Identificamos pessoas de São Paulo, Rio de Janeiro e Rondônia que vêm com toda estrutura fazer o desmate, fazem a demarcação da área e depois vendem. Se não fosse o nosso trabalho e a atuação da Polícia Militar, a situação estaria bem pior”, enfatizou.

Criado na gestão de Gladson Cameli em abril deste ano, o Centro é formado pela Sala de Situação e Monitoramento Hidrometeorológico, Unidade Central de Geoprocessamento (Ucegeo), o Escritório Técnico de Gestão do Cadastro Ambiental Rural e do Programa de Regularização Ambiental (CAR/PRA), além da Divisão de Geoprocessamento do Imac.

Na oportunidade, uma ampla explanação foi apresentada ao vice-presidente sobre os objetivos traçados pela atual administração no que diz respeito ao desenvolvimento econômico e social baseado na sustentabilidade e respeito ao meio ambiente. Um deles foi o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), com o potencial dos 22 municípios.

Hamilton Mourão elogiou a estrutura utilizada pelo governo do Estado no combate às queimadas e citou ainda que dos 18 pontos mais críticos de fogo permanente na Amazônia, nenhum deles fica no Acre. Para o gestor, o trabalho desempenhado no Cigma é um exemplo bem-sucedido e que pode ser adotado por outros estados.

“As atividades desenvolvidas pelo Cigma me deixaram bastante satisfeito e impressionado pela qualidade do trabalho, pela dedicação e conhecimento da equipe, além do comprometimento com os objetivos de impedir que ilegalidades relacionadas ao desmatamento, queimadas, invasões de terra, garimpo ilegal e outros ilícitos ocorram no Acre”, analisou o vice-presidente.

“No Acre, o governo respeita o meio ambiente e cumpre o novo Código Florestal”, afirma Gladson

O governador Gladson Cameli reafirmou o compromisso de sua administração com a preservação ambiental. Defensor do progresso do Acre, por meio da geração de emprego e renda, o gestor pontuou que é completamente viável aliar desenvolvimento com sustentabilidade. Disse também que não tolera o desmatamento ilegal e que as regras estabelecidas no Código Florestal são cumpridas no estado.

“O Acre possui 85% de seu território preservado e temos feito tudo que é possível para que continue assim. Nosso governa respeita e entende a importância do meio ambiente. Quero dizer ao vice-presidente que não toleramos qualquer tipo de pressão ou desrespeito ao novo Código Florestal. Inclusive, temos sido rigorosos contra aqueles que ainda insistem em desmatar a floresta de maneira ilegal”, declarou.

Gladson agradeceu o apoio que vem recebendo do governo federal e da atenção dada pelo vice-presidente da República na área ambiental. “Esta é a segunda vez que o general Mourão vem ao Acre e isso demonstra o quanto ele está empenhado em ajudar o nosso estado. Gostaria de deixar registrado o meu agradecimento à União, que sempre tem procurado atender nossas demandas”, ressaltou.

Governador Gladson Cameli agradeceu ao general Mourão pelo apoio que o Acre vem recebendo do governo federal Foto: Marcos Vicentti/Secom

O secretário estadual de Meio Ambiente, Israel Milani, classificou como positiva a agenda com o vice-presidente Hamilton Mourão e revelou que a tecnologia utilizada pelo Cigma na identificação de derrubada ilegal da floresta está entre as melhores do país.

“Apresentamos o que temos de melhor na questão de monitoramento e geoprocessamento no Acre. O vice-presidente sai muito animado com tudo o que viu aqui, como a questão dos dados que conseguimos consolidar com nossa equipe técnica no que tange a questão do desmatamento”, comentou.

A visita de Mourão ao Acre foi acompanhada, ainda, pelo secretário da Casa Civil, José Ribamar Trindade; pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cezar Rocha dos Santos; pela secretária de Comunicação, Silvania Pinheiro; pelo diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre, André Hassem; e o comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, general Luciano Batista de Lima.

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