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Governo e setor rural celebram certificação histórica do Acre

O dia 11 de agosto de 2020 representa um marco para o agronegócio acreano. Nesta data, o estado recebeu, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Uma conquista histórica, que confirma o êxito das políticas de defesa sanitária animal, abre novos horizontes e eleva a qualidade do rebanho do Acre a nível internacional.

Desde o último dia 11 de agosto, Acre é considerado zona livre de aftosa sem vacinação. Uma conquista histórica para o agronegócio local Foto: Marcos Vicentti/Secom

Nesta terça-feira, 18, o governador Gladson Cameli, juntamente com instituições e empresários do setor rural, comemorou o avanço alcançado. Desenvolver a economia do estado de maneira sustentável é um dos pilares do atual governo. Grande entusiasta do agronegócio como alternativa para a geração de emprego e renda, o gestor demonstra seu compromisso com o setor rural. O chefe do Poder Executivo destacou ainda a união das instituições públicas e do setor privado como fundamental para que o Acre atingisse a certificação.

“O nosso estado é uma terra muito abençoada e que tem tudo para crescer e prosperar. Não temos medido esforços para criar todas as condições necessárias para que isso aconteça. O que estamos comemorando hoje é mais uma prova de que quando há união e compromisso, tudo é possível. Um governante não faz nada sozinho e se tivermos a colaboração de todos, conseguiremos alcançar nossos objetivos de maneira muito mais rápida”, declarou Cameli.

Gladson aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio incondicional do governo federal. O governador fez questão de citar o presidente da República, Jair Bolsonaro, e da ministra da Agricultura, Tereza Cristina Dias. “São verdadeiros parceiros do nosso estado e sempre estão dispostos a nos ajudar no que for preciso”, disse.

O território acreano possui, aproximadamente, 3,5 milhões de bovinos que geram, anualmente, renda de R$ 1,5 bilhão. Há 14 anos, o estado era reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial da Saúde Animal como zona livre de aftosa com vacinação. Desde novembro de 2019, a aplicação da vacina contra a doença deixou de ser obrigatória. Das 27 unidades federativas do país, apenas Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e regiões dos estados do Amazonas e de Mato Grosso possuem esta qualificação.

Secretário Edivan Maciel destacou o empenho do governo do Estado para alcançar certificação Foto: Marcos Vicentti/Secom

Segundo o secretário de Produção e Agronegócio, Edivan Maciel, o trabalho desenvolvido em equipe foi crucial para que o Acre vencesse todas as etapas para obter o reconhecimento de área livre de aftosa sem vacinação. “Estamos vendo o resultado, na prática, de um grande trabalho em conjunto. Agora, o nosso maior desafio é manter esse status e vamos trabalhar mais ainda para continuar melhorando a qualidade do nosso rebanho”, afirmou.

Setor rural reconhece esforço do governo do Estado e vislumbra novos mercados para a carne acreana

Emocionado, o presidente do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado do Acre (Fundepec-AC), Alcides Teixeira, lembrou do esforço dos pecuaristas acreanos e reconheceu a determinação pessoal do governador Gladson Cameli para eliminar, de uma vez por todas, a vacinação contra a febre aftosa no rebanho bovino.

“O governador Gladson Cameli é um apoiador do agronegócio. Sobre essa situação da retirada da vacina, ele deu a sua palavra que faria tudo que fosse possível para deixar o Acre como zona livre de aftosa sem vacinação e isso ele fez. Quero dizer que estou bastante emocionado e que, se Deus quiser, no ano que vem, estaremos lá na França recebendo o status internacional”, expôs Teixeira.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), Assuero Doca Veronez, lembrou o esforço histórico dos pecuaristas na luta pela eliminação dos focos de aftosa no rebanho acreano. Ele classificou a certificação como uma grande conquista para o agronegócio local e elencou as vantagens que isso representa para o setor rural.

Presidente da Faeac, Assuero Veronez, destacou que certificação abre caminho para exportação da carne acreana para o mundo Foto: Marcos Vicentti/Secom

“Do ponto de vista econômico, isso representa uma grande vitória. A partir de agora, podemos exportar carne para qualquer lugar do mundo. Países que até hoje não compravam porque aqui ainda tinha vacinação contra aftosa, essas nações passam a ser para o Acre e demais estados que alcançaram a certificação mercados possíveis e importantes pelo preço que eles pagam pela carne”, observou.

O que eles disseram

“Desde o início do governo, venho acompanhando esse processo e sei da dificuldade enfrentada. Mas o governador, os secretários e equipe de governo se empenharam nessa missão e, hoje, estamos comemorando essa vitória alcançada pela pecuária do acreana”, Nicolau Júnior, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre

“O Poder Judiciário está empenhado para que possamos ter um Acre grande e que possamos deixar um legado para os nossos filhos. O Acre é o estado com maior potencial de desenvolvimento da federação”, Francisco Djalma, presidente do Tribunal de Justiça do Acre

“O Idaf possui profissionais altamente qualificados, capacitados e que, com certeza, irão desempenhar a contento esse trabalho de reconhecimento internacional da vacina contra aftosa”, José Francisco Thum, diretor-presidente do Instituto de de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf)

“Para a classe produtora e indústria frigorífica, é um momento único, uma vez que, com esse status, as indústrias de carnes vão poder exportar para vários países”, Ricardo Leite, Sindicato das Indústrias Frigoríficas e Matadouros do Estado do Acre (Sindicarnes-AC)

“O governo enxergou que a área técnica é necessária na questão da sanidade animal e isso foi muito importante para que o Acre alcançasse o título de zona livre de aftosa sem vacinação”, André Luiz Carvalho, presidente do Conselho de Medicina Veterinária do Acre

“Essa foi uma conquista suada, sofrida, mas estamos hoje com o reconhecimento nacional. Ano que vem, em maio, estaremos comemorando o reconhecimento internacional”, Fernando Bortoloso, superintendente federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Mapa

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