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DPU vai à Justiça contra deportação de estrangeiros que estão na fronteira do Acre com Peru

A Defensoria Pública da União (DPU) no Acre ingressou com ação judicial para anular a deportação de 18 migrantes que chegaram  em 4 de agosto de 2020 a Assis Brasil  após cruzar a fronteira do Brasil com o Peru pelo Rio Acre.  

O grupo é composto por 12 venezuelanos, 5 colombianas e 1 cubano. Do total,   5  são  crianças e adolescentes com idades entre 3 e 14 anos) e não passou pelo serviço migratório ao entrar no Brasil.  

Segundo a DPU, o grupo caminhou vários quilômetros por dias sob sol, chuva e frio até chegar ao Brasil, onde acabou recebendo processo de deportação imediata pela Polícia Federal, e se encontram em ´zona neutra´ entre Brasil e Peru –e não conseguem entrar no país vizinho, que não aceita o reingresso por não serem peruanos,   como também já foram deportados do Brasil.  “Neste momento, encontram-se abandonados à própria sorte na Ponte da divisa entre Assis Brasil/AC e Iñapari, Peru. Não podem nem ingressar no Brasil, nem retornar ao Peru”, lamenta a DPU.  

DPU  alega violação dos direitos das pessoas migrantes em contexto de fronteira com  desrespeito aos princípios da política migratória brasileira a qual promove a não criminalização da migração.  

Os defensores Matheus Alves do Nascimento, João Freitas de Castro Chaves, Gustavo Zortéa da Silva e Ana Luisa Zago de Moraes querem aos migrantes o  direito de acesso ao instituto do refúgio e da possibilidade de compatibilização entre controles sanitários na gestão migratória de fronteira e garantia de direitos humanos ao grupo.  

Na ponte onde foram deixados, já existem outros 14 migrantes à espera da reabertura das fronteiras para entrar num ou outro País. 

Veja a ação movida pela DPU em favor dos migrantes: 

 

 

 

 

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