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Seca leva DNIT a realizar dragagem no Rio Madeira         

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) retomou os serviços de dragagem no rio Madeira para a estiagem de 2020, em Porto Velho. Esse é o quarto ano de execução do contrato que está em andamento desde 2017.  

A dragagem visa garantir a navegação segura das embarcações, contribuindo para o escoamento de produtos e o abastecimento de insumos para as regiões Norte e Centro-Oeste do país. A hidrovia do rio Madeira transportou mais de 9,4 milhões de toneladas de carga em 2019, segundo dados da ANTAQ, um crescimento de mais de 8% sobre o ano de 2018. 

Após avaliação técnica do DNIT, as equipes atuam nos passos críticos de Curicacas, entre Porto Velho e Humaitá, e Miriti, entre Humaitá e Manicoré, a fim de manter a posição do canal de navegação estável nos trechos do rio. A dragagem é o procedimento de remoção dos sedimentos que se encontram no fundo do rio, para melhorar a profundidade e permitir a passagem segura das embarcações. O serviço atende à demanda das empresas de navegação e demais usuários do transporte hidroviário no rio Madeira. 

A dragagem ocorre com três dragas de sucção e recalque, divididas em duas frentes de serviço: foram alocadas duas dragas no passo Curicacas e uma draga no passo Miriti. Estes equipamentos são posicionados conforme orientação técnica do DNIT no eixo de um canal definido por meio de uma batimetria prévia do local, para identificar os locais com volumes de sedimento depositado na forma de bancos de areia. Após estes passos críticos, outros locais devem ser dragados, conforme mapeamento e indicação dos navegadores, com previsão de conclusão dos serviços em outubro, quando o período de baixa do rio se encerra. 

IO rio Madeira é um dos principais eixos logísticos do norte do país e integra o Arco Norte, região que compreende os estados de Acre, Rondônia, Amazonas, Pará, Mato Grosso e Tocantins, e permite o escoamento de safras pelo rio Amazonas e seus afluentes da margem direita, que correm na direção sul-norte, dos cerrados do centro do país para a floresta Amazônica. Pelo rio Madeira acontece o escoamento de produção agrícola, principalmente soja e milho de Mato Grosso e Rondônia, e também de insumos como combustíveis e fertilizantes, com destino a Porto Velho e Manaus, além de alimentos e produtos produzidos na Zona Franca de Manaus. 

A execução da dragagem no rio Madeira busca assegurar a fluidez e um maior carregamento dos comboios, mantendo a capacidade de carga das barcaças compatível com o planejamento de transporte das empresas, mesmo no período de estiagem, o que impede a migração de cargas para outros modais de transporte mais onerosos e favorece a redução do custo de frete. 

 

 

 

 

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