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Apostar na ciência foi o referencial de Gladson Cameli em 2024; Crica analisa

O governo Gladson Cameli não é nenhuma sétima maravilha do mundo. Até aqui foi um feijão com arroz. O que o mantém com boa aceitação, é o seu carisma com a população. Sua gestão foi recheada de problemas jurídicos, não conseguiu sedimentar uma imagem de tocador de obras – deixou muito a desejar neste ponto – mas, independente, do que será o restante da sua administração (terá apenas 2025, no início de 2026 se afasta para disputar o Senado), uma marca ninguém vai conseguir lhe tirar: ter salvado vidas, ao optar ficar de lado da ciência, durante a pandemia do Covid-19. Resistiu à pressão vinda dos negacionistas, que renegavam o uso da vacina, quando teve de tomar medidas duras para que se adotasse o isolamento da população. E, esta sua posição foi importante no delicado momento. Mortes foram evitadas. Não sei como será o seu governo em 2025, mas tudo o que fizer não vai suplantar a sua ação pela ciência e contra o negacionismo dos extremistas de direita durante a pandemia. Será sempre a marca positiva mais visível da sua administração.

TAPAS E BEIJOS

A parceria entre o governador Gladson e o senador Márcio Bittar (UB) sempre foi entre tapas e beijos. Vide o que ocorreu com a não aceitação da Márcia Bittar para ser a candidata a vice-governadora. Ambos podem até dizer que são amigos, mas no máximo, se suportam por conveniência política.

SÉRIAS DÚVIDAS

Tenho sérias dúvidas de que Bitar e Cameli farão dobradinha para o Senado em 2026.

NÃO SOU CONTRA

A decisão do prefeito Tião Bocalom em fazer uma festa natalina com uma bela ornamentação, embute a geração de centenas de empregos de pequenos empreendedores nas mais diversas áreas. Por isso, não me somo aos que criticam os gastos com as obras.

SEM ESPAÇO

Recebo um comentário de um leitor sobre um o parlamentar, o qual chama de “garanhão da fronteira.” A nota é engraçada, mas não abro espaço para casos pessoais e de amor. Desculpe.

PELO BEIÇO

A fonte é boa. O prefeito Tião Bocalom não vai abrir espaço na prefeitura para acomodar a bancada do PP, e garantir apoio ao seu candidato na eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Rio Branco. O PP terá de vir pelo beiço. Assim, como os demais vereadores de outros blocos políticos.

MESMA TÁTICA

O Velho Boca quer usar a mesma tática que usou na sucessão municipal; quando após ser expulso do PP, obrigou o partido a vir de joelho implorar para indicar Alysson Bestene (PP) de vice da sua chapa. Não duvido que o PP capitule novamente.

NOVO ARROCHO

Essa questão de emendas parlamentares ainda vai dar rolo em prefeituras do Acre, prefeitos já foram presos em outros estados, e não duvido se sobrar para estas bandas. Em tempo: O ministro do STF, Flávio Dino, brecou de novo 4,2 bilhões de emendas, exigindo transparência na aplicação para liberar.

MUY AMIGOS

Conheço “muy amigos” do governador Gladson Cameli, que estão de olho na disputa do Senado, torcendo para que fique inelegível no julgamento da Operação Ptolomeu. Simples: Gladson inelegível sobraria mais uma vaga para o Senado. Disputando, uma vaga é dele. É o jogo da política.

NÃO VAI ADIANTAR

Caso o Lula não venha ao Acre anunciar a liberação dos aludidos R$ 600 milhões para a recuperação da BR-364 até Cruzeiro do Sul, a medida terá peso zero a favor da sua imagem. O superintendente do DNIT, no Acre, Ricardo Araújo; se tem uma coisa que não faz, é política. A oposição vai acabar assumindo a paternidade da obra.

APENAS GORDINHA

A própria vice-governadora Mailza Assis se encarregou de negar a sua gravidez: diz estar apenas gordinha.

QUEBRAR O CICLO

A nova bancada de vereadores de Rio Branco tem um exemplo, no qual não podem se mirar: todos os vereadores que foram subservientes à gestão municipal, foram derrotados nas urnas. Ou quebram este ciclo ou poderão ter o mesmo destino ao final de seus mandatos.

MAIS PROJEÇÃO

Mesmo tendo apenas três deputados – Michelle Melo (PDT), Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Emerson Jarude (NOVO) – ainda assim a oposição teve mais protagonismo na mídia que a bancada de apoio ao governo.

NADA QUE JUSTIFIQUE

Não há nada que justifique o privilégio de dar um desconto na cobrança da taxa do lixo às igrejas, que em sua maioria viraram empresas. É a chamada politicagem religiosa.

META OUSADA

O último deputado federal eleito pelos votos do Alto Acre foi Zico Bronzeado (PT), mas já se vão dezenas de anos deste fato. A prefeita Fernanda Hassem (PP) tem a meta ousada na eleição de 2026 de tentar repetir o feito, como candidata a deputada federal.

BELO CACIFE

O MDB foi o segundo colocado nos dois maiores colégios eleitorais do estado, nas últimas eleições municipais. Ao todo teve 211 mil votos no estado. Por isso, é uma sigla importante para alianças, no jogo eleitoral de 2026; com nomes promissores, como de Marcus Alexandre e Jéssica Sales.

SEM DISCUSSÃO

O senador Sérgio Petecão (PSD) não aceita nem o debate da hipótese dele ser candidato a deputado federal, e explica o motivo: “Nunca disputei uma eleição em tão boas condições, como a que vou disputar em 2026”, disse ontem ao BLOG.

AUMENTO ALOPRADO

Mesmo a Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal de Rio Branco tendo dito ser irregular, ainda assim, sem nada que justificasse, o prefeito Bocalom subiu de R$ 15 para R$ 28 mil os salários dos seus secretários. Foi uma chuva de reclamações nas redes sociais. Lhe deram mais quatro anos, não adianta agora espernear.

SAIU NA FRENTE

O vereador eleito Eber Machado (MDB) saiu na frente questionando a legalidade do aumento salarial dos secretários; sabe que para se projetar na opinião pública, ele tem de cumprir um mandato com independência.

JÁ ESTÁ NO GOVERNO

Embora não tenha declarado, a tendência do deputado Eduardo Ribeiro (PSD) é a de se filiar ao PP. Seria o mel na sopa, já que integra a base de apoio do governador Gladson Cameli. As portas do PSD estão fechadas para sua reeleição.

APOIO CERTO

O deputado Nicolau Júnior (PP) tem um apoio fechado para a sua reeleição: da prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes, que não esconde de ninguém o compromisso.

FRASE MARCANTE

“A jornada de mil milhas começa com um único passo”. Lao-Tsé

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