Dados do sistema BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam nessa quinta (7) que o Estado do Acre registrou 16 focos de incêndio em últimas 24 horas. Segundo o boletim, a floresta amazônica concentrou 589 dos 988 focos ativos no Brasil nesta quarta-feira (6), correspondendo a 59,6% do total. A situação é mais crítica no Pará, onde foram registrados 378 focos em 24 horas, seguido pelo Maranhão (279) e Piauí (90).
O cenário de incêndios já havia se mostrado preocupante nos meses anteriores. Em agosto de 2024, o Brasil alcançou o pior índice de queimadas em 14 anos, com 68.635 focos – uma alta de 144% em relação ao mesmo período de 2023 e o quinto maior número da série histórica, iniciada em 1998. Em setembro, o país registrou 83.154 incêndios, marcando o pior mês do ano e o setembro mais devastador desde 2010.
Os focos de incêndio são observados em cinco dos seis biomas brasileiros, sendo o Cerrado o segundo mais afetado, com 288 focos (29,1% do total), evidenciando a expansão do problema para áreas além da Amazônia. Embora outubro seja tradicionalmente o mês de pico de queimadas no Brasil, os números de 2024 destacam uma tendência crescente e alarmante que afeta o Acre e demais estados amazônicos, com graves implicações para a saúde pública e o meio ambiente.