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Área em risco de desmate pode chegar a 949 km2 em 2024, diz IA do Imazon

Imagem ilustrativa

A plataforma de inteligência artificial PrevisIA, do Imazon, aponta para risco de desmatamento (baixo, médio, alto e muito alto) que pode afetar uma área de 949,97 quilômetros quadrados em 2024. De acordo com a PrevisIA, o Acre é 4o com maior taxa de florestas ameaçadas na Amazônia. Os dados foram publicados nesta quinta-feira (30).

Entre os estados, o maior desafio para evitar o desmatamento será do Pará, que concentra 38% das florestas ameaçadas. Mato Grosso e Amazonas completam o top 3, com 17% e 16% das áreas sob risco, respectivamente. Apesar de terem territórios menores, Acre, Rondônia e Roraima também chamam a atenção dos pesquisadores, por apresentarem territórios acima de 400 km² ameaçados, o que já equivaleria à devastação de quase 150 campos de futebol por dia entre agosto de 2023 e julho de 2024.

Antes de incluir a taxa, a ferramenta havia estimado 10.190 km² ameaçados de desmatamento em 2024. “Essa queda na derrubada é muito positiva e a PrevisIA pode ajudá-la a ser ainda maior. Criamos essa tecnologia justamente com o objetivo de que ela erre a previsão, ou seja, de que aponte as áreas sob risco e elas passem a ser mais protegidas, evitando sua destruição”, comenta o pesquisador do Imazon e coordenador técnico da plataforma, Carlos Souza Jr.

“Nos três primeiros do ranking, que também são os maiores estados do país, o desafio de conter o avanço do desmatamento em diferentes regiões será muito grande e demandará esforços conjuntos dos governos federal e estaduais. Já no caso do Acre, de Rondônia e de Roraima, apesar de serem estados menores, podemos ver no mapa de risco uma concentração maior de áreas ameaçadas, o que alerta sobre a necessidade urgente de proteção dessas florestas”, diz o pesquisador do Imazon.

Entre os 10 municípios com os maiores territórios sob risco, metade é paraense. A maioria fica no Sudoeste do estado: Altamira, Itaituba e Pacajá, segundo, quarto e sexto colocados, respectivamente. Completam a lista o líder São Félix do Xingu, no Sudeste, e o nono Portel, no Marajó. Ainda integram o ranking a capital de Rondônia, Porto Velho, em terceiro lugar, e os amazonenses Apuí e Lábrea, ambos do Sul do estado, onde há uma expansão da área agropecuária. Feijó, no Acre, e Colniza, em Mato Grosso, que frequentemente figuram entre os municípios que mais desmatam, fecham a classificação.

As líderes do ranking são as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Triunfo do Xingu e do Tapajós, ambas paraenses, e a Resex Chico Mendes, no Acre. Rondônia aparece na lista com duas unidades de conservação: a Reserva Extrativista Jaci Paraná, a quinta sob maior risco de desmatamento, e a Estação Ecológica Soldado da Borracha, na sexta colocação.A previsão abrange o período de agosto deste ano até julho do ano que vem.

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