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Agraciada no projeto Inova Amazônia, a startup Bamburiti, de Brasília, tem nos planos instalar uma fábrica de bicicleta de bambu no Acre. A ideia foi exposta na 4a Campus Party Brasília, promovida pelo Sebrae.
O empreendedor, Vitor Hugo Lima, o Vitor Bamburiti, confirmou o projeto mas os detalhes virão após os diagnósticos necessários a qualquer negócio. No entanto, ele destaca o potencial cicloviário da cidade de Rio Branco e a grande reserva de bambu no Acre.
“Produzimos Bicicletas de Bambu sob medida, no conceito bike fit. Nada mais é do que o ajuste ou adequação da bicicleta para as medidas biométricas do ciclista em qualquer nível, modalidade e tipo de bicicleta desejada, para que tenha ainda mais conforto na hora do pedal”, afirma. “A bike sob medida melhora o rendimento do ciclista e reduz desgastes nas atividades”.
No portal da Bamburiti (www.bamburiti.com.br) é possível conhecer melhor os produtos da startup. As bicicletas custam R$4,5 mil e são, conforme garante Vitor, “para durar a vida inteira”. Sem esquecer, alerta ele, que o bambu é um produto orgânico que sofre alterações com exposição prolongada ao Sol e a chuva.
Ao Sebrae ele contou que a Bamburiti nasceu da paixão pela arte e da motivação de associar design moderno a materiais naturais, principalmente o bambu. Trata-se, segundo ele, de uma empresa de soluções sustentáveis, que trabalha com desenvolvimento de projetos, tecnologias e produtos com a utilização do bambu e fibras naturais, com preceitos da Agroecologia e da Permacultura.
O manejo permite que sejam retirados cortes de bambu do solo sem arrancar as raízes, gerando a possibilidade de reaproveitamento de uma única planta diversas vezes. “O bambu é um dos vegetais que mais sequestram dióxido de carbono da atmosfera, tem perfil regenerativo. Não arrancamos as touceiras, onde recolhemos, nascem mais duas mudas”, explicou. Outros informes também podem ser acessados no endereço @bambuburiti ou serem solicitados pelo email bamburiti.eco@gmail.com.
Matéria-prima é farta no Acre: segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) a área de bambu nativo é de 4,5 milhões de hectares, e há quem diga que seja a maior do mundo já que na China existe muito bambu de cultivo. Atualmente, o mercado mundial do bambu movimenta R$60 bilhões ao ano e a China é o maior produtor mundial, atendendo a vários setores industriais como a construção civil, indústrias químicas, produção de celulose e fabricação de carvão.
As pesquisas com o produto começaram há anos no Acre, que em 2017 recebeu o Seminário Internacional do Bambu na Ufac.
“É como se fosse uma roupa feita no alfaiate”, conclui Vitor Bamburiti, confirmando a natureza ´sob medida´ de sua criação.

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