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Desafio de Lene Petecão é incluir a mulher no debate político

Do PSD

A vereadora Lene Petecão é conhecida como “a rainha das audiências” na Câmara Municipal de Rio Branco, capital do Acre. Não importa qual seja o tema, ela acredita que é preciso saber o que a população pensa e fazer com que ela se sinta parte do debate. É dela a autoria da criação da chamada Tribuna Popular, um Projeto de Lei implementado em 2017 na cidade que permite a qualquer cidadão participar de uma sessão legislativa pelo período de 15 minutos. “Somos um estado muito pobre, nossa população é muito dependente de políticas sociais públicas e, por isso, precisamos ampliar a voz dessa gente”, avalia Lene, que é irmã do senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

Ela e a vereadora Dra. Michele Melo, do PDT, são as únicas mulheres na Câmara Municipal, disputando espaço com outros 15 homens. “A participação feminina na política ainda está na porta de entrada, ainda enfrenta a questão do machismo, que exclui a mulher do debate e exige dela muita ousadia. Por isso os partidos deveriam estimular a presença feminina, mas não por si só, mas por motivação e interesse. Quero ser respeitada pelo que sou e pelas minhas propostas e ideias, e não por cotas”, afirma.

Lene Petecão esteve nesta segunda-feira (26) em São Paulo, em visita ao PSD, onde foi recebida pela coordenadora nacional do PSD Mulher, Alda Marco Antonio, pelo presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, pela secretária do PSD Mulher Nacional, Ivani Boscolo, e pela vice-coordenadora nacional do PSD Mulher, Adriana Flosi. Ela será uma das integrantes da reunião virtual a ser realizada pelo núcleo feminino em agosto ou setembro e que terá a presença das vereadoras do PSD nas capitais para debater as eleições de 2022, uma vez que o PSD tem projeto de lançar candidatas às assembleias legislativas e à Câmara dos Deputados.

“Queremos que essas vereadoras se candidatem a deputadas estaduais e, mesmo que não vençam, que fortaleçam seus nomes em seus cargos municipais”, explica Alda. “Temos um grande trabalho pela frente para colocar cada vez mais mulheres em cargos eletivos”, acrescenta.

Lene já está em seu terceiro mandato como vereadora e fala como pré-candidata a deputada estadual. “As mulheres precisam ser motivadas a participar da política e a disputar cargos públicos. Elas ficam desmotivadas quando, mesmo vencendo, são deixadas de lado nas horas decisivas. Se há uma reunião em Brasília, por exemplo, para tratar de assuntos da cidade, quem sabe a ponta é o vereador. E o que queremos é ganhar e sermos convidadas a discutir e a contribuir”.

Antes de entrar para a vida pública, Lene atuava na área social, com foco nas mulheres. “Estávamos presentes nos bairros mais carentes, tratando de assuntos como sistema de esgoto, pavimentação, iluminação, mas com forte participação feminina. Desenvolvemos diversos cursos para que elas pudessem ter a possibilidade de garantir renda sem sair de casa. Ainda somos um estado muito dependente de programas como o Bolsa-Família”, diz. “Além disso, somos um estado ribeirinho, com uma população indígena muito grande, vivemos da economia do contracheque e precisamos de representantes que possam se deslocar até essas pessoas e ouvi-las”.

Como vereadora, Lene já apresentou propostas como a presença de psicólogos nas escolas municipais, a criação de centros de convivência para idosos em tempo integral e a isenção de IPTU para idosos de baixa renda, além da criação de lares para idosos sem vínculo familiar. “Minha atuação é assim: o que é bom, a gente amplia. O que não é, a gente transforma.”

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