A Câmara de Rio Branco realizou nesta quarta-feira (07) Audiência Pública para debater a situação do Transporte Público e o PL que reduz a tarifa de ônibus na capital.
O Superintendente de Transporte e Trânsito de Rio Branco (RBtrans), Anízio Cláudio de Oliveira Alcântara, negou que o objetivo do PL seja de repassar dinheiro às empresas do transporte, mas que o PL se trata de uma política de redução de tarifa.
“A Prefeitura tem projeto para o sistema e um deles é reduzir a tarifa, inclusive, esse PL tem o intuito de pagar as gratuidades dos idosos do transporte coletivo, que atualmente são pagos por aqueles que pagam a tarifa cheia. A redução de tarifa é fazer com que as pessoas paguem o transporte somente o equivalente ao seu deslocamento. As pessoas que pagam tarifa cheia estão pagando há anos as gratuidades do sistema do transporte coletivo”, afirmou.
O representante do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Passageiros e Cargas do Estado do Acre (Sinttpac), Francisco Leite, pediu apoio do parlamento mirim para aprovação do aporte pontuando as dificuldades vivenciada pelos trabalhadores.
“As empresas não estão faturando. Estão sem dinheiro para o óleo e a cesta básica dos motoristas, que têm 13º salário atrasado desde o ano passado”, disse o presidente do Sinttpac.
Os vereadores presentes na audiência não pouparam críticas aos os proprietários de empresas de ônibus da capital. A vereadora Lene Petecão (PSD) rebateu duramente a fala do representante da viação Floresta.
“Cadê a cara dos donos dessas empresas? O senhor não é dono. Eu nunca vi um empresário comparecer às sessões para debater o tema. Não é verdade que os senhores têm responsabilidade com a nossa população, já que só colocam ônibus sujos, quebrados e estragados para atender o povo, colocando em risco várias vidas. Pessoas com deficiência não têm plataforma adaptada. O que vocês oferecem é de péssima qualidade. Se eu fosse prefeita, não teria as empresas de vocês oferecendo serviços à população” disse a vereadora.
O prefeito Tião Bocalom propôs repassar às empresas R$ 2,5 milhões, sob a alegação de que o recurso iria ocasionar a diminuição no valor da passagem. O projeto ainda não foi enviado à Câmara, mas de acordo com o superintendente do RBTrans, deve ser enviado para apreciação dos vereadores nesta quinta-feira (8).