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Boletim da Fiocruz diz que Rio Branco tem avanço de síndromes respiratórias

Referente à Semana Epidemiológica 46 (de 8 a 14 de novembro), o novo Boletim InfoGripe, realizado pela Fiocruz, observou que dez capitais apresentam sinal de possível crescimento de caso de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Oito dessa capitais mostram sinal de crescimento moderado (prob. > 75%) ou forte (prob. > 95%) na tendência de longo prazo (seis semanas) e duas na tendência crescimento de curto prazo (seis semanas).  

De acordo com a análise, Rio Branco foi a única capital com sinal forte de crescimento na tendência de longo prazo. Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Natal (RN), Região de Saúde Central (DF), São Luís (MA), e Vitória (ES) apresentaram sinal moderado de crescimento no longo prazo.

Florianópolis, João Pessoa e São Luís já acumulam cerca de seis semanas consecutivas com sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Natal apresentou tal sinal nas últimas quatro semanas; a região de Saúde Central do DF (plano piloto de Brasília e arredores) e o Rio Branco nas últimas três; e Vitória, nas últimas duas. Já Belo Horizonte registra sinal de crescimento na tendência de longo prazo pela primeira semana desde o início de queda, após o pico na capital mineira.

Goiânia (GO) e Palmas (TO) apresentam sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo, indicando possível início do processo de interrupção da tendência de queda, sendo recomenda cautela em relação a eventuais novas medidas de flexibilização e atenção às próximas semanas para confirmação da tendência. Belo Horizonte, Goiânia, Região Central de Saúde do DF, e Vitória, embora estejam apresentando sinal de crescimento no boletim semanal pela primeira vez desde o início claro do processo de queda em cada capital, registraram também sinal de crescimento na tendência de curto prazo na semana 45.

São Paulo, embora novamente apresente sinal de estabilidade nas tendências de curto e longo prazo, também indica sinal de que houve crescimento nas semanas anteriores, o que acabou não sendo possível divulgar na semana 45, em função da paralisação do fluxo de dados. A análise da curva de casos até a semana 46 sugere que a situação é de oscilação em torno de valor estável, sendo importante a avaliação cautelosa nas próximas semanas.

Porto Alegre (RS), para a qual foi sugerida cautela em relação ao retorno à situação de queda na tendência de longo prazo no boletim da semana 44, volta a registrar sinal de estabilização nas tendências de curto e longo prazo na presente atualização. Segundo o Boletim, esse resultado reforça a indicação de possível instabilidade na manutenção da tendência de queda na capital gaúcha nas últimas semanas.

Manaus, capital que tem recebido destaque em função da situação de retomada do crescimento observado desde o mês de agosto, passa a apresentar sinal moderado de queda. No entanto, observa Marcelo Gomes, é importante ressaltar que o sinal é de queda lenta e ainda insuficiente para retornar ao patamar observado em julho. “Além disso, o sinal de queda pode ter sido influenciado pela interrupção na inserção dos dados entre as semanas 45 e 46, sendo recomendado aguardar as próximas semanas para confirmação de queda sustentada”, afirmou o pesquisador.

Dentre as demais capitais que haviam apresentado sinal de crescimento no último boletim, referente à semana 44, Belém (PA), Fortaleza (CE), Maceió (AL), Macapá (AP) e Salvador (BA) apresentam sinal de estabilização nas tendências de curto e longo prazo neste boletim. Conforme descrito nos avisos do boletim, a tendência reportada para Cuiabá (MT) não é confiável, uma vez que se observou grande diferença entre os dados de SRAG do estado reportados no Sivep-Gripe, utilizados pelo InfoGripe, e aqueles reportados no sistema próprio do estado, com grande subnotificação no Sivep-Gripe.

Em 12 das 27 unidades federativas, observa-se tendência de longo e curto prazo com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Nos demais 15 estados – Acre (Norte), Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte (Nordeste), Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo (Sudeste), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Sul), Mato Grosso e Goiás (Centro-Oeste) -, há ao menos uma macrorregião estadual com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado (prob. > 75%) ou forte (prob. > 95%) de crescimento.

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