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Mulheres na menopausa: invisibilidade deixa tratamento fora da agenda pública

Bárbara Gonçalves

Primeiro vieram os fogachos, as famosas ondas de calor, que levaram às noites mal dormidas. Depois as situações de esquecimento, oscilação de humor, crise de ansiedade e o cansaço ficaram mais constantes e, como consequência, o impacto no trabalho e nas relações. Aos 51 anos e mesmo com pouca informação, Leila Moura não tinha dúvidas, a menopausa estava chegando.  

Apesar de conviver com o que considerou os “piores sintomas que já sentiu na vida”, Leila reconhece que está num lugar privilegiado, pois trabalha na Secretaria de Saúde do Distrito Federal e tem condições para buscar acesso a uma rede de profissionais qualificados e a um tratamento individualizado. Uma realidade distante para mulheres periféricas, em situação de vulnerabilidade, sem acesso à saúde e informação de qualidade, com insegurança alimentar e sobrecarregadas nas suas funções. 

Segundo cálculos do IBGE, aproximadamente 30 milhões de mulheres no Brasil estão vivendo na faixa etária do climatério e menopausa, ou seja, 7,9% da população feminina. E somente cerca de 238 mil foram diagnosticadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, a revista científica Climateric indica que 82% das brasileiras nessa faixa etária apresentam sintomas que comprometem sua qualidade de vida. 

Por muitos anos, a saúde da mulher foi negligenciada em termos de pesquisa, políticas públicas e conscientização, criando um abismo histórico que afeta profundamente o tratamento da menopausa. Enquanto questões como a primeira infância, o início da adolescência, a menarca, a saúde reprodutiva, a gravidez e a maternidade receberam atenção, o climatério, a menopausa e a pós-menopausa permaneceram escanteados e até estigmatizados.

A ausência de dados consistentes e pesquisas científicas robustas sobre os impactos dessa fase na vida das mulheres, por muito tempo, contribuiu para a perpetuação de estereótipos, como a redução da menopausa a simples ondas de calor e variações de humor. Hoje, os estudos científicos vêm avançando sobre o tema e a medicina já reconhece mais de 40 sintomas que podem estar ligados a essa fase da vida da mulher. 

Política pública

Para romper com esse ciclo, o Senado tem ampliado o debate sobre o envelhecimento feminino para colaborar no desenvolvimento de políticas públicas eficazes, que contemplem a saúde, o bem-estar social e profissional dessas mulheres com a garantia dos seus direitos, colocando na agenda pública a atenção durante a menopausa. 

Projeto em análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) determina que o SUS deve prestar serviços de saúde específicos para mulheres na menopausa ou em climatério, por todos os meios e técnicas necessárias. Entre essas medidas, estão a realização de exames diagnósticos; a disponibilidade de medicamentos não hormonais e hormonais; a capacitação dos médicos e o acompanhamento psicológico e de um conjunto de profissionais especializados que atuarão de forma multidisciplinar, focado na saúde da mulher. 

O Projeto de Lei (PL) 3.933/2023, do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), foi tema de audiência pública na CAS em outubro. Neste momento, a matéria aguarda o relatório da senadora Teresa Leitão (PT-PE), que solicitou o debate.

— O projeto fala de ações governamentais que exigirão o planejamento e a coordenação de políticas públicas consistentes e articuladas. Nesse sentido, é fundamental um debate amplo, prévio, para colher ideias, sugestões, contribuições de especialistas, de gestores públicos, de outros parlamentares […]. Esse é o nosso desafio, aprovar uma lei que atinja os seus fins sociais, […] um texto que contenha os balizamentos necessários para os implementadores da política pública — disse Teresa Leitão, que também elogiou a ideia, incluída no projeto, de se instituir a Semana Nacional de Conscientização para Mulheres na Menopausa ou em Climatério.

Impactos biopsicossociais

Muito confundido com a menopausa, o climatério é o período definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma fase biológica da vida — não um processo patológico. Ele é caracterizado pela diminuição da função ovariana, que ocorre na meia idade. Geralmente começa por volta dos 40 anos e pode durar até 10 anos. Ou seja, com uma expectativa de vida beirando os 80 anos, no Brasil, a mulher ficará metade da vida convivendo com os efeitos da falência ovariana. 

É a partir dessa fase que sintomas como fogachos, tonturas, dores de cabeça mais acentuadas, insônia, confusão mental, oscilações de humor, ressecamento vaginal, a falta de libido e a irregularidade do ciclo menstrual surgem. De forma isolada ou conjunta. É uma fase de transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo, quando começa a ocorrer a falência dos folículos ovarianos e, de modo progressivo, a deficiência estrogênica, que tem um papel fundamental na defesa celular. 

Já a menopausa é o último acontecimento dessa fase, correspondendo à última menstruação, somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência.

De acordo com o médico especialista em ginecologia endócrina Diogo Viana, quando a mulher começa a perder a produção do estradiol, passa a apresentar lesões em quatro órgãos muito importantes: ossos, músculos, cérebro e coração, o que vai muito além dos fogachos e da variação de humor. Com esse impacto no organismo, a mulher fica mais vulnerável a infarto, sarcopenia, que é a perda de massa muscular, osteoporose e complicações relacionadas à demência, depressão e doença de Alzheimer. 

— 60% dos lares hoje têm a mulher como chefe de família, arrimo financeiro. Como a gente vai fazer com que essa mulher consiga trabalhar, se ela não consegue dormir, porque ela tem um fogacho, se ela tem perda de memória, se ela está internada? Como a gente consegue fazer com que essa mulher continue produzindo? Ela não vai conseguir se aposentar tão cedo; e com 45, 50 anos, já tem sintomas. É uma sequência de fatores muito graves aos quais a gente precisa prestar atenção — disse o médico na audiência pública da CAS. 

Garantir o direito das mulheres a uma escuta respeitosa, uma anamnese bem conduzida, oferecendo atenção integral à sua saúde, segundo o médico Diogo Viana, pode reduzir de forma considerável os custos do SUS com doenças graves.

— Não pode ser só um problema que o ginecologista ou o endocrinologista precisa tratar. O reconhecimento da osteoporose e o da menopausa precisam ser feitos por todos os médicos. Todo médico precisa saber iniciar [o diagnóstico] e, depois, recomendar ao ginecologista. […] E o SUS [precisa ter] opções terapêuticas que possam diminuir a intensidade dos sintomas e prever doenças graves que aumentam o custo de internação hospitalar.

Tratamento no SUS

Embora a ciência apresente alternativas para o tratamento dos efeitos desse processo, seja com o uso de terapias não hormonais, ou hormonais, além da orientação de atividade física, fisioterapia e uma alimentação funcional, o acesso a esses recursos ainda é limitado para a maioria das brasileiras. 

Enquanto uma parcela reduzida consegue enfrentar o período com apoio de uma equipe integrada de profissionais, recorrendo a um tratamento efetivo, grande parte das mulheres, especialmente as mais pobres, não consegue ter o diagnóstico através da atenção primária. Elas seguem com sua qualidade de vida comprometida e oferecendo mais risco para o desenvolvimento de doenças graves. 

— Com o SUS oferecendo medicamentos, exames e acompanhamento psicológico, essas mulheres poderão enfrentar o climatério e a menopausa de forma mais tranquila, sem ter que sacrificar sua saúde ou recorrer a soluções inadequadas. O projeto também traz mais dignidade ao garantir apoio especializado e contínuo na rede pública — afirma o senador Mecias de Jesus.

Efeitos na economia

O difícil acesso ao diagnóstico e tratamentos, com o agravamento das mudanças metabólicas, hormonais, sociais e psicológicas, acaba refletindo também no mercado de trabalho.

Projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, até 2030, a população mundial de mulheres na menopausa e pós-menopausa deverá chegar a 1,2 bilhão. A cada ano serão mais 47 milhões de mulheres nessa fase da vida. E grande parte delas estará na sua plena capacidade produtiva, chefiando seus lares e no auge das suas carreiras profissionais. 

Ainda não há estudos específicos no Brasil, mas consultorias norte-americanas se debruçam sobre o assunto. Globalmente, as perdas de produtividade relacionadas à menopausa podem exceder US$ 150 bilhões (R$ 764 bilhões) anualmente, segundo a consultoria Frost & Sullivan. Já a associação de RH Society for Human Resource Management revelou que, nos EUA, 20% da força de trabalho estão vivendo a menopausa. 

Em 2023, a consultoria Korn Ferry, em parceria com a empresa de saúde Vira Health, realizou uma pesquisa global com mais de 8 mil mulheres sobre a perimenopausa e menopausa e os impactos no ambiente de trabalho. Quase metade (47% das mulheres) teve sintomas que afetaram seu desempenho profissional, sendo que 40% delas relataram ter seis ou mais sintomas diferentes. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde mostram que as mulheres podem sofrer inúmeras doenças nesse período da vida, como hipertensão, problemas crônicos da coluna, diabetes, depressão e várias outras comorbidades.

— Qual é o impacto econômico disso? Se uma mulher com 45 ou mais faz uma ‘menopausa preventiva’ de uso de uma terapia hormonal eficiente, ou às vezes não hormonal, mas que possa trazer benefícios para aquele terreno biológico, qual é o impacto que nós temos dessas mulheres no futuro? Será que [não diminuiriam] as idas aos psiquiatras, aos cardiologistas, aos médicos de assistência? O impacto não seria menor numa prevenção de menopausa? Quanto se não reduziria no gasto público? — disse Fabiane Berta, médica especialista em ginecologia endócrina. 

Atenção primária

Desde 2004 há a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres (PNAISM), com diretrizes para oferecer cuidados às mulheres, em todas as suas fases da vida. No contexto da atenção primária, essa ação inclui estratégias que vão desde o pré-natal e assistência ao parto até o tratamento do câncer de colo de útero e de mama. Mas apesar de citar “assistência ao climatério”, não faz referência à menopausa. 

A lacuna ficou evidente para Fernanda Carolina Souza. Ela teve uma menopausa precoce. Aos 25 anos, a irritabilidade, os fogachos, as dores de cabeça, as crises de choro, o ressecamento vaginal e a sequência de infecções urinárias fizeram com que ela procurasse por várias vezes a rede do SUS. Ela ficou quase cinco anos sem um diagnóstico até identificar a menopausa precoce aos 29 anos, quando parou de tomar anticoncepcional para engravidar. Nesse momento, a menstruação também cessou. 

— Procurei a rede do SUS, não tive nenhum acolhimento, nenhum retorno. Porque, até o momento, eu desejava engravidar naturalmente, estava em busca da maternidade, preocupada por não estar menstruando, achando que eu estava grávida o tempo todo porque eu não menstruava. Fiquei oito meses sem menstruar. E aí eu encontrei um médico. Falei para ele todos os sintomas que eu estava sentindo […]. Ele me pediu o exame FSH e esse exame deu muito alterado. […] Então esse médico particular anunciou a menopausa. 

O Exame de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) pode indicar se a mulher tem uma boa reserva de óvulos ou se está próxima da menopausa. Níveis elevados de FSH podem indicar que a função ovariana e a fertilidade estão diminuindo.

Atendimento multifuncional

Em 2008, o Manual de Atenção à Mulher no Climatério, elaborado pela Área Técnica da Saúde da Mulher (ATSM), vinculada ao Ministério da Saúde, reforçou os objetivos da Política Nacional quanto à atenção ao climatério. Esse manual apontou como fundamentais o acolhimento, o vínculo e a ética nas relações entre profissionais e mulheres diante das consequência das transformações geradas pelo climatério. 

As opções de tratamento indicadas no manual contemplam as indicações para a terapia hormonal, não hormonal e outras alternativas, em concordância com revisões científicas. No entanto, mesmo sugerindo uma abordagem humanizada das mulheres no climatério e orientações quanto ao tratamento, existe uma grande lacuna entre as diretrizes do manual e o serviço oferecido.  

A coordenadora-geral de Saúde Integral das Mulheres do Ministério das Mulheres, Josilene Lúcia dos Santos, informou que o governo federal está mobilizando os ministérios, intersetorialmente, para realizar um diagnóstico dessa política, de como os programas e ações chegam às mulheres. Ela manifestou apoio ao PL 3.933/2023.

— É importantíssimo que o Parlamento abrace essa causa, […] mas é preciso uma mobilização muito grande, porque é lá no município, lá na secretaria de saúde que é implementada a política, e ela precisa chegar até às mulheres via atenção básica. Há urgência de que essa política chegue até a atenção básica, em todos os setores, em todos os municípios e estados, para que as mulheres que entram no climatério e na menopausa tenham tratamento.

Preconceito

A médica Fabiane Berta observa que as mulheres não foram preparadas para receber a menopausa, diferentemente das outras fases da vida. 

— Nós não fomos educadas sobre isso. A gente nunca teve essa conversa. A menopausa nunca veio para nós como uma adolescência e uma menstruação: ‘Olhe, usa esse absorvente. Olhe, vai ser assim’. […] E a menopausa simplesmente chega num dia e nunca ninguém nos avisou sobre ela. Mas a gente avisa como? ‘Você está louca’ — acrescentou. 

Esse vácuo de conhecimento não apenas atrasou o desenvolvimento de tratamentos adequados, mas também perpetuou a desinformação e o preconceito, destacou Josilene dos Santos. 

— Ainda tem uma questão muito complicada, que é a da discriminação, do preconceito, porque, quando essas mulheres se queixam dos problemas que têm, servem de piada: ‘Ah, tá na menopausa!’. E há muitas questões que não são tratadas como problemas sérios de saúde e como um problema de saúde pública — disse a representante do Ministério das Mulheres.

Sentimentos como vergonha e medo são constantes nos relatos de mulheres que sentem os primeiros sintomas do climatério. Elas afirmam que a fase traz mudanças físicas e emocionais significativas, a ponto de muitas não se reconhecerem. Ao mesmo tempo em que sentem a necessidade de compartilhar esse turbilhão de efeitos, também se deparam com o receio de frustrar expectativas sociais.

Diante de uma sociedade que, em grande parte, ancora o valor da mulher na fase reprodutiva, vincula sua imagem à sexualidade, à beleza, à eficiência em todos os papéis exercidos, a opção é, muitas vezes, o recolhimento e o sofrimento em silêncio. Um dos tabus e preconceitos está ligado ao ressecamento vaginal e a falta de libido, muito comuns no climatério. Encontrar a linguagem para conversar e buscar apoio de seu parceiro nem sempre é uma tarefa fácil.

Na audiência pública no Senado, Adriana Ferreira, idealizadora do Associação Menopausa Feliz, sublinhou ser preciso contar com médicos capacitados e um olhar multiprofissional.

— Estou vendo aqui rostos de mulheres que parecem, todas, acima de 40 anos. Tenho certeza que vocês, a partir do momento em que a doutora começar a explanar todos os sintomas, vão conseguir começar a identificar: ‘foi isso o que aconteceu comigo’. A gente pensa que é só uma fase, mas ninguém nos avisa sobre os impactos. A gente pensa que qualquer ginecologista […] vai conseguir nos ouvir. Não, às vezes, eles cometem até ‘gaslighting’, que é ignorar as suas queixas. E falam que você simplesmente está estressada, ansiosa, com péssimo relacionamento. E você só vai internalizando e deixando o seu corpo cada vez mais aberto para outras doenças, infelizmente.

Dieta funcional

Os profissionais especializados que lidam com o acolhimento e tratamento da mulher nessa fase são unânimes em defender o diagnóstico e terapia individualizados. Isso porque, apesar de 82% das brasileiras apresentarem sintomas que comprometem a sua qualidade de vida, os efeitos no organismo de cada uma e o histórico de saúde levam a orientações diferentes. 

Nutricionista especialista em menopausa e perimenopausa, Grace Bezerra diz ser preciso preparar o corpo para essa fase. Ela aconselha a desinflamação corporal, com a redução do consumo de gorduras, açúcar, industrializados, laticínios e produtos com conservantes e agrotóxicos. Grace defendeu o consumo de “comida de verdade”, como “o bom e velho arroz com feijão”, atrelado a uma boa fonte de proteína e diversidade de vegetais, legumes e frutas. De acordo com a nutricionista, a alimentação pode ser aliada na redução dos efeitos do climatério. 

— Como os orgânicos não estão acessíveis para a população em geral, temos que ir reduzindo os danos. […] Consumir frutas e legumes, alimentos acessíveis […]. Feijão com arroz. Alface, tomate, cenoura, beterraba. E [prato] colorido: porque cada fruta, cada legume tem uma ação pela cor. Os vermelhos tem mais antioxidantes, os amarelos e laranjas vão ajudar mais na pele, nos olhos. Os verdes vão ajudar a desintoxicar […] Tirar os condimentos prontos e colocar os mais naturais que não são caros e você consegue encontrar mais baratos, na feira ou no próprio mercado — declarou.

Escuta atenta

Leila Moura disse não gostar de “romantizar” a menopausa. “É ruim mesmo, é horrorosa”. Mas enquanto vive a pior fase do climatério, decidiu levar o assunto para sua escola de teatro. Colocou suas dores num roteiro e levou para o centro do palco um pouco da sua experiência. Resultado: uma plateia de mulheres que se identifica com cada situação, mais aberta a falar do assunto, e de homens que passam a ver a menopausa de forma diferente. Leonardo Peleja é um dos atores. Ao fazer o papel do marido “alheio a tudo”, viu o quanto é desafiador para a mulher passar por tudo sozinha.

 — O meu papel de ‘alheio a tudo’, acredito que seja o do homem atual. Como não acontece conosco, ‘está tudo bem’ — afirmou

Para a médica ginecologista Renata Souza Reis, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, é preciso redefinir o papel da mulher para além da função reprodutiva. E essa “ressignificação do envelhecimento” também deve partir da própria mulher, vencendo as pressões relacionadas à estética e à produtividade. De acordo a médica, o climatério revela muitas vezes um acúmulo de sobrecargas e injustiças na vida das mulheres.

— Não serão hormônios isolados que vão tratar todos os sintomas do climatério. Aliás, o único sintoma exclusivamente atribuído ao climatério e à menopausa são as ondas de calor. Em todos os outros, há contextos multifatoriais na sua causalidade: distúrbios do sono, depressão, ansiedade, declínio cognitivo. Tem uma série de fatores associados — disse a médica, que destaca a retomada, no SUS, da Estratégia de Saúde da Família.

Renata Reis também sublinha a importância de ouvir com atenção os relatos das pacientes, tanto pela categoria médica, como por enfermeiras, psicólogas, terapeutas ocupacionais e nutricionistas.

— Quando escuto que as mulheres não são ouvidas nas consultas, fico perguntando: onde foi que nós, profissionais de saúde, nos perdemos? […] É pressuposto ético essencial dos profissionais de saúde o acolhimento, a escuta qualificada das queixas, dos sinais e sintomas, o adequado exame físico, a solicitação de exames a partir desse conjunto […] e a prescrição conforme as necessidades e as indicações, de acordo com o que preconiza a ciência, com o que é validado pelas normativas sanitárias e por estudos clínicos nacionalmente e internacionalmente reconhecidos.


Reportagem: Bárbara Gonçalves
Edição: Valter Gonçalves Jr.
Pesquisa de fotos: Ana Volpe
Edição de foto e multimídia: Bernardo Ururahy
Foto de abertura: Saulo Cruz/Agência Senado

Fonte: Agência Senado

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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