Pesquisa realizada pelo Programa de Educação Tutorial (PET) em Economia da Universidade Federal do Acre (UFAC) a respeito dos preços das carnes em 50 estabelecimentos (açougues e supermercados) de Rio Branco, entre os dias 8 e 12 de abril, mostra uma variação significativa nos valores dos diferentes cortes.
Foram verificados os preços de diversos tipos de carne, como picanha, filé, coxão mole e outros. Os resultados obtidos revelaram que, em média, os preços das carnes nos supermercados eram, no momento do levantamento, mais elevados em comparação com os açougues.
Por exemplo, o filé mignon foi encontrado por R$ 49,65 no açougue e por R$ 71,84 no supermercado, uma diferença significativa, segundo o estudo. A picanha, um dos cortes mais nobres e populares, foi encontrada a R$ 78,72 no supermercado e a R$ 53,12 no açougue.
Outro dado é que durante os meses de março e abril, a picanha teve uma redução de -1,13% entre os estabelecimentos pesquisados. Já o filé apresentou uma redução de -3,45%, no mesmo período.
O tutor do Programa de Educação Tutorial (PET) em Economia da Ufac, o professor doutor Rubicleis Gomes da Silva, afirma que a pesquisa é realizada de trinta em trinta dias, consistindo na maior pesquisa de preço da carne no Acre.
“É um retrato bem realista dos preços praticados em Rio Branco. Você vê que a diferença de preços entre os supermercados e os açougues chega a variar entre 60% e 70%”, explicou.
Outra observação oriunda do estudo é que existe também variação no preço da carne de acordo com o bairro em que o produto é comprado. Segundo ele, há regiões da cidade em que o produto é encontrado por preços mais em conta do que em outros.
“Isso leva em conta a competição que existe entre açougues de determinada área geográfica e até mesmo o poder de compra daquela população”, explicou.
O programa diz que pretende continuar realizando pesquisas desse tipo para auxiliar os consumidores na tomada de decisão e incentivar a concorrência saudável entre os estabelecimentos comerciais da região. Outra intenção é estender o estudo para os municípios do interior, ideia que, segundo Rubicleis, esbarra na falta de recursos disponíveis para isso.
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