No Acre, ministro do STF confronta intolerância: “sem recuar, sem cair, sem temer”

“É uma satisfação recebê-lo no Acre e ainda mais aqui, no Palácio da Justiça, onde tudo começou. Aqui foi abrigado o Fórum da Comarca de Rio Branco, compreendendo o Tribunal do Júri, cartórios judiciais, eleitorais e extrajudiciais, todos sob administração do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, então Capital Federal”, disse a desembargadora-presidente Waldirene Cordeiro.

Empossado presidente do TSE em maio do ano passado, no auge da pandemia da COVID-19, o ministro Luís Roberto Barroso salientou que a visita ao Acre é, de fato, a primeira viagem institucional feita após assumir a presidência da corte eleitoral.

Em seu discurso, destacou as presidências do TRE-AC e do TJAC serem ocupadas por mulheres tornando-se uma conjunção harmoniosa com virtudes diferentes fazendo bem para o Brasil. Ele ainda disse acreditar no valor das ideias e que ver com amargura a defesa pela volta da ditadura. Para ele, ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversário e falta de liberdade.

“São pessoas que perderam a fé no futuro. Ditadura vem com violência, censura e tortura. Ditadura não faz bem ao país. Nós que vivemos a ditadura não temos dúvida disso. Não podemos permitir isso”, destacou.

Ele complementou ainda esperar que a justiça consiga fazer prevalecer os ideais democráticos diante das tentativas de enfraquecer a democracia. “E vou incorporar esse trecho do Hino Acreano nessa trajetória, sem recuar, sem cair, sem temer”, finalizou.

No encontro, todos os desembargadores expuseram a satisfação pela visita do ministro e o parabenizaram pelo cargo presidencial na corte eleitoral destacando a importância do diálogo institucional entre os atores que compõem o sistema de Justiça.

Asscom TJAC