Cidades

As razões que levaram Bocalom a decretar emergência na ETA I e o que está por vir em Rio Branco

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, reuniu a imprensa, nesta quinta-feira (02), para declarar situação de emergência na área onde está localizada a captação de água da Estação de Tratamento ETA I. A estação é responsável pelo abastecimento de cerca de 40% dos domicílios da capital.

Segundo o prefeito, a medida foi tomada com base no parecer técnico da Defesa Civil, que apontou avanço da erosão fluvial na margem do Rio Acre, comprometendo a estrutura da estação de tratamento.

“A gente tem que fazer o decreto de emergência para que a gente possa tentar buscar recursos fora, do Ministério. A ETA 2, nós já conseguimos o recurso e agora tem o decreto de emergência da ETA 1. Quero anunciar aqui também que na semana passada já tivemos uma conversa com o governador Gladson Cameli, a equipe técnica dele, planejamento, as secretarias afins, porque nós precisamos resolver também o problema da ETA 1. Graças a Deus que o Governo do Estado tem ainda um recurso antigo que era para execução dessa área de saneamento básico e também já direcionada também lá para a ETA e que esse recurso está em conta e faltava algumas prestações de contas antigas ainda que precisava acabar de ser resolvida. O governo resolveu e agora tem um recurso já para a gente começar a recuperar a ETA. Basta que a gente tenha prazos agora. Por isso o decreto foi feito rapidamente”, explicou o prefeito.

O decreto segue as diretrizes da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. A grande preocupação dos gestores e da defesa civil, é com a elevação e retração do rio Acre, que movimenta o solo da região, comprometendo a estrutura da ETA, podendo levar ao colapso do sistema de abastecimento pela estação de tratamento.

“A partir do dia 16 de dezembro, onde se intensificaram mais as chuvas e também pela saturação do solo, fez com que tivesse uma evolução maior na erosão ali na ETA 1. Então tem a ver, e uma das grandes preocupações nossas é justamente porque o rio tende a aumentar, a alcançar a torre de captação e vai ter posteriormente uma vazante. A vazante vai sempre comprometer a questão de erosões aumentando”, destacou o coordenador municipal de Defesa Civil, cel Cláudio Falcão.

Segundo o diretor presidente do Saerb, Enoque Pereira, com a emergência decretada, a prefeitura espera agilizar ações para conter a erosão e evitar a interrupção do fornecimento de água.

“A gente está lutando contra o tempo, estamos também pensando o plano B, porque da forma que está lá, se evoluir a parte que está desbarrancano a gente vai ficar sem água de fato”, informou Enoque.

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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