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Saída em massa de trabalhadores para outros Estados e alta informalidade são desafios para o mercado de trabalho no Acre, diz comércio

No estado do Acre, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo acompanha os dados regionais do Novo Caged, observando que, segundo os números de outubro, ocorreram 4.656 contratações contra 4.509 desligamentos, com saldo positivo de vagas ocupadas por 147 novos trabalhadores, acumulando no ano 7.442 postos no Acre. Uma variação positiva de 7,16%.

O assessor da presidência da Fecomércio Acre, Egídio Garó, destacou o impacto das condições locais e regionais na criação de empregos. “De modo geral, apesar dos resultados obtidos nos setores de atividade econômica observados em outubro, ao longo do ano o Estado manteve-se estável na criação de novas vagas formais, não sendo maior no volume por conta da migração dos trabalhadores regionais para outras unidades da Federação e a migração, cada vez maior, para a economia informal”, afirmou.
O Novo Caged divulgado recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego indica que, em outubro, o montante de admissões de trabalhadores formais foi de 2.222.962 contratados e 2.090.248 desligamentos, mantendo um saldo positivo de emprego de 132.714 vagas geradas no trabalho formal. Uma variação positiva de 0,28%, acumulando, nos últimos 12 meses, um saldo positivo de 1.87.839 postos de trabalho.
O estoque de vagas em todo o Estado em outubro foi de 110.942 trabalhadores formais, distribuídos em todos os municípios, com o maior volume de admissões observado em Rio Branco, com a geração de 3.550 vagas, porém desligando 3.223 trabalhadores.

Ao longo do mês de outubro, municípios como Acrelândia, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Senador Guiomard, Sena Madureira, Tarauacá e Porto Acre, ocorreram mais desligamentos do que novas contratações, tornando o saldo desse mês negativo para todos eles, incluindo Cruzeiro do Sul que, ao longo do mês, desligou 357 trabalhadores, ocorrendo 333 novas contratações, gerando um saldo positivo naquele mês de −24 postos formais, mesmo tendo o segundo maior saldo em estoque de todo o Estado, de 8.695 postos.

Por outro lado, no acumulado deste ano, todos os municípios apresentaram saldos positivos na geração de trabalhos formais, exceto Manoel Urbano, que reduziu seu estoque em 4 postos, seguido por Jordão (-52) e Santa Rosa do Purus (-6).

Das atividades econômicas consideradas, o setor de serviços foi o responsável por 1.032.473 contratações, desligando 961.256 trabalhadores em todo o País. Contudo, o saldo de empregos formais gerados foi de 71.217 postos, seguido pelo Comércio, com saldo de 44.297 postos e, por fim, pela Indústria em Geral, com 23.729 novas vagas.

No entanto, em setores como a Agricultura e Construção, houve mais desligamentos do que novas contratações, o que indica a retração das operações desses segmentos.

Edmilson Ferreira
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