O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, na última sexta-feira, 22, mais uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), comparando índices relacionados a ocupação e desocupação profissional, levando em consideração o 3º trimestre do ano passado e deste ano. O Acre registrou um aumento de 1,5% na taxa de ocupação, chegando a 48,8%, e a taxa de desemprego se manteve em 7,4%.
Segundo a publicação, o índice se manteve estável em 20 unidades federativas. Os dados revelam ainda que há 242 mil empregados no estado. Deste total, 145 mil estão no setor privado, 23 mil são trabalhadores domésticos e 74 mil são do setor público.
As atividades que mais empregam são administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, empregando 81 mil pessoas no estado. O rendimento médio mensal real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas no estado é de R$ 2.533.
Casa do Trabalhador é um ponto de acolhimento e distribuição de vagas. Foto: Neto Lucena/Secom
Fortalecer iniciativas e criar incentivos fiscais têm sido algumas das principais vertentes ao longo da gestão do governador Gladson Cameli, tornando-se o ponto focal para o desenvolvimento da economia, não pela gestão pública de maneira isolada, mas elaborada por diversos atores que caminham alinhados em prol da saúde econômica do estado e da qualidade de vida de quem vive nele. Entre as ações que estão sendo desenvolvidas, estão: capacitação, criação de uma política de trabalho e renda, ascensão de tecnologia e consolidação do empreendedorismo até mesmo no ambiente escolar.
“O que costumo dizer é que um setor privado forte é sinônimo de um ambiente propício para os negócios e geração de emprego e renda, consequentemente. Quando a gente fala isso, está falando de criação de vagas, redução do desemprego e desenvolvimento econômico do estado”, destaca.
Para isso, a Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia do Acre (Seict) tem dado continuidade a uma série de ações, com as demais secretarias envolvidas, para que cada vez mais esse setor seja impulsionado, criando oportunidades em todo o estado.
O titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, afirma que todas as ações foram planejadas de maneira que o resultado seja sentido a curto, médio e longo prazo. O direcionador dessas condutas foi o plano decenal desenvolvido pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), que traçou eixos prioritários.
“O governo tem um plano, no qual olhou dez anos à frente e estabeleceu eixos de ações prioritárias, entre eles: fomento à indústria; inovação, que é um campo que estamos trabalhando para geração de emprego e renda, novas empresas, novos produtos, geração de empresas e geração de novos empregos e empreendedorismo. São eixos prioritários que estão dentro desse plano decenal que estamos desenvolvendo por meio de ações com diversas secretarias, cada uma cumprindo seu papel”, relata.
Política de trabalho e renda, incentivos fiscais e fortalecimento do setor privado
Para que todas as medidas funcionem efetivamente, o governo tem trabalhado na elaboração de uma lei que vai padronizar o comportamento das secretarias com relação aos programas já em vigor, que focam no crescimento do setor privado. Mesquita destaca que o projeto ainda está em discussão na Casa Civil para, posteriormente, ser enviado à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
“Estamos dando esse salto agora, no governo, porque esse processo de geração de trabalho e renda não vai estar apenas em uma secretaria, mas no governo. Então, estamos aprendendo a nos olhar como sistema e estamos trabalhando uma lei, que em breve deve ser enviada na Aleac, criando uma política de trabalho e renda do governo do Estado do Acre, conciliando exatamente todos os atores que geram oportunidade de trabalho e renda, em todos os campos de segmentos e negócios que podem gerar vagas.”
O governo também pretende incluir no ambiente escolar a iniciação ao empreendedorismo. O titular da Seict revela que as oficinas de inovação nas escolas devem se tornar mais constantes.
“Queremos trabalhar essa ideia de negócios na cabeça dos jovens, estimulá-los a terem uma ideia, fazer eles pensarem que isso pode virar um negócio, um produto, uma empresa, fazer eles desenharem isso e sonharem com isso. Depois a gente apoia com bolsas de aceleração para fazer com que tenham um suporte financeiro e possam se dedicar àquele negócio. Muitos podem dar errado, mas os que derem certo vão gerar emprego e renda e compensar os que deram errado. Então, este é o olhar que nós temos”, destaca.
O impulso dessas ações deve ocorrer, segundo Mesquita, a partir do ano que vem. Já este ano, o governador Gladson Cameli, em maio, assinou o decreto que ampliou o Programa de Compras Governamentais (Comprac), ação comemorada pelo setor. O objetivo é aumentar a participação do setor privado nas compras feitas pelo Estado.
“É sempre necessário a gente nivelar as mudanças que ocorreram do ponto de vista do desenvolvimento. O Estado tem um programa de compras que é estratégico e que planeja essas aquisições. Então, a gente vai poder orientar o nosso setor industriário a se adiantar na produção desses insumos e, com isso, alavancar esse programa, buscando exatamente internalizar o máximo dos recursos para a manutenção dos empregos que a indústria proporciona”, destacou o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro, durante a alteração do decreto que beneficiou ainda mais o setor.
Para Mesquita, a nova lei criando esse ecossistema vai reforçar os programas, integrando a conduta de todas as pastas, resultando em um olhar de monitoramento desses programas. “Precisamos potencializar algumas iniciativas que podem avançar dentro da estrutura de governo e esse olhar que vai ser dado agora, com o envolvimento de todas as secretarias”, esclarece.
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