O programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), do Ministério da Educação (MEC), está promovendo a formação de 31 mil professores de educação infantil das redes municipais e estaduais da Região Norte do país, em parceria com universidades públicas. A iniciativa acontece por meio do programa Leitura e Escrita na Educação Infantil (Leei), vinculado ao CNCA, em cinco estados e 449 municípios. A perspectiva é que as formações cheguem a alcançar 225 mil docentes de todas as regiões do Brasil até o fim de 2024.
Para isso, o MEC está investindo R$ 96 milhões no programa em escala nacional. Desse total, o Norte recebeu R$ 35,6 milhões. O montante, junto à implementação da ação formativa na região, garantiu o custeio do deslocamento terrestre, aéreo e fluvial dos cursistas. Assim, educadores que vivem em comunidades de acesso remoto na região amazônica também podem participar dos cursos.
A formação tem 120 horas e permite a troca de experiências em relação ao trabalho com a leitura, escrita e oralidade na infância. Na perspectiva do curso, as crianças são sujeitos social e historicamente situados, que se constituem nas relações com a cultura e com a linguagem por meio das interações que estabelecem.
O diretor de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC, Lourival Martins, observa que a realidade da Amazônia trouxe desafios ao planejamento de um material que responda a essa diversidade. “Estão em processo de finalização alguns materiais complementares aos cadernos do Leei que buscam trazer para o centro do debate as temáticas socioculturais e étnicas numa perspectiva democrática e inclusiva”, destaca.
Além disso, informa ele, com vistas à valorização da literatura da região, a SEB conta com a organização da coletânea de literatura infantil “Tecendo histórias: as infâncias e as diversidades da Amazônia”. A obra traz produções literárias de professoras que participam das formações continuadas do programa.
Para a coordenadora-geral do Leei na Região Norte, Adelma Barros-Mendes, a formação tem muitos significados, pois essa é a primeira iniciativa que permite o alcance de educadores e gestores nos mais distantes municípios, por rios, caminhos ou estradas. “Estamos vendo a universalização dessa oportunidade. Isso já tem, por si só, um significado ímpar”, diz.
Na visão da professora Franciane Chagas, cursista do Leei no município de Autazes, no Amazonas, a formação viabiliza a prática na sala de aula integrada à formação acadêmica. “A formação veio como um complemento que nós necessitávamos para compreender como ocorre o aprendizado da criança de uma forma mais lúdica, respeitando a primeira infância. O Leei veio para abrir esse leque de possibilidades na criação de jogos didáticos e de material lúdico, no uso da musicalização e do movimento. Tudo é aprendizado”, conta.
A ação ocorre em parceria com a Universidade Federal do Amapá (Unifap), coordenadora do processo formativo na região, e com as seguintes instituições: Universidade Federal do Acre (Ufac); Universidade Federal de Rondônia (Unir); Universidade Federal de Roraima (UFRR); Universidade Federal da Amazônia (Ufam); Universidade Estadual do Amazonas (UEA); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa); e Universidade Federal do Tocantins (UFT). Além disso, a iniciativa recebe o apoio da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).
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