Blog do Crica

Uma articulação política complicada nas eleições

RESSALTO sempre que, não concordo com nenhuma das ideias ideológicas de extrema-direita do senador Márcio Bittar (UB). As abomino. Tenho visto muitos comentários sobre a vitória do prefeito Tião Bocalom, mas deixando de fora o senador Márcio Bittar (UB). Para ser justo, o Bittar foi importante por ser o engenheiro de uma articulação que se mostrava difícil, a de juntar no mesmo palanque o prefeito Tião Bocalom com o governador Gladson Cameli. Bocalom tinha sido expulso do PP. Montou uma frente ampla de partidos importantes como União Brasil-PL-PP-PSDB-SOLIDARIEDADE, o que levou à chapa formada pelo prefeito Bocalom, tendo como seu vice Alysson Bestene (PP). Tornou possível o impossível. O resto foi a campanha política que todos viram. O Gladson Cameli foi importante na vitória do Bocalom, por jogar todo o seu governo na campanha, o que virou o jogo — que era favorável ao Marcus Alexandre. E o Márcio foi importante, por ser o articulador da aliança. Não se pode brigar com os fatos.

QUE LAMBADA!

A prefeita de Senador Guiomard, Rosana Gomes, venceu de lambada a eleição para mais um mandato. Era um resultado esperado, pelo trabalho da sua gestão neste último ano.

AS ÁGUAS VÃO ROLAR

VIRALIZOU nas redes sociais e em sites, o prefeito eleito de Brasiléia, Carlinho do Pelado, escangotado num porre com uma garrafa de cerveja nas mãos, sendo molhado para acordar. Falam que adora emborcar umas geladas. Lembra a música de carnaval — As águas vão rolar\garrafa cheia\eu não quero ver sobrar…… A cena é hilária. Em Brasiléia, não se comenta outra coisa.

ASFALTO NÃO TEM IDEOLOGIA

DURANTE 18 pesquisas, o ex-candidato do MDB, Marcus Alexandre, apareceu liderando na campanha, na região do Calafate. Foi o prefeito Tião Bocalom entrar com o “Asfalta Rio Branco” – asfaltando até vielas no bairro – que as pesquisas registraram no local uma subida como foguete do Bocalom. Asfalto não é de direita e nem de esquerda. Mas, a turma que crê ser a terra é plana, insiste em defender que a eleição de Rio Branco foi decidida pela ideologia bolsonarista.

ELEIÇÃO É PAROQUIAL

NÃO CONHEÇO ninguém mais defensor do Bolsonaro do que o vereador João Marcos (PL). Deu até título de “Cidadão de Rio Branco” ao ex-presidente. Fez toda campanha focando no eleitorado bolsonarista. Perdeu a eleição. É um exemplo ser a eleição na capital uma disputa paroquial, que não se move por alguém ser de direita ou de esquerda.

NEM BOLSONARO E NEM LULA

AS ÚLTIMAS eleições para prefeitos e vereadores, não foram vencidas nem pelo grupo do Lula e nem do Bolsonaro. Quem fez mais prefeitos foi o PSD do Gilberto Kassab, que é um partido de centro. A quebra desta polarização idiota entre esquerda e direita, foi importante para acabar o ciclo do ódio entre esquerda e direita.

APOIO TÁCITO

PELOS elogios que o prefeito Tião Bocalom fez ontem no programa do jornalista Astério Moreira à participação da vice-governadora Mailza Assis na sua campanha, mas não deu indicativo de que pode lhe apoiar para o governo em 2026.

UMA BOA PISTA

AO DECLARAR ontem no “Bar do Vaz” que “só o tempo dirá” se será candidato ao governo em 2026, o prefeito Tião Bocalom deu uma pista de que pode, sim, disputar o Palácio Rio Branco em 2026. O BLOG, por várias vezes, levantou a possibilidade.

FORÇA NA ARTICULAÇÃO

O SECRETÁRIO de Educação, Aberson Carvalho, mostrou força de articulação ao conseguir aumentar em 146% a votação da sua candidata Elzinha Mendonça (PP), que se reelegeu com uma alta votação.

CABEÇAS BRANCAS ERRARAM

André Kamai (PT) 2. 240 votos. Panthio (PCdoB) 688 votos. Chico Rafael (PCdoB) 500 votos. Carlos Gomes (PV) 977 votos. Márcio Batista (PCdoB) 783 votos. Estes, foram os mais votados da Federação PT-PCdoB-PV. Os cabeças brancas do MDB foram os que mais defenderam a aliança com a Federação da esquerda. Em que ajudaram, com votos, a campanha do Marcus Alexandre? Trouxeram o desgaste, mas não trouxeram votos.

PRECISA SE REINVENTAR

O DEPUTADO Edvaldo Magalhães (PCdoB) foi reeleito na bacia das almas. Não fez um vereador na capital. Ou o PCdoB se reinventa ou vai sumir do mapa na eleição de 2026.

ABRINDO CAMINHO
O deputado Pedro Longo (PDT) conseguiu eleger a maioria dos candidatos a vereador da sua base. É um passo importante para sedimentar a sua candidatura a deputado federal. O grupo Longo é muito forte em Cruzeiro do Sul, e deu importante colaboração à vitória do prefeito Zequinha Lima (PP).

CONTRA AS ESTRUTURAS

O DEPUTADO André da Droga Vale (PP) conseguiu superar os fortes esquemas para vereador, elegeu com boa votação a sua mulher Lucilene para um mandato de vereadora de Rio Branco.

FORA DO CENÁRIO

A VITÓRIA do grupo do prefeito Tião Bocalom não foi boa para o senador Alan Rick (UB), que pensa disputar o governo em 2026. O grupo vencedor da PMRB o quer longe. E já projeta uma chapa com Tião Bocalom para o governo, Gladson Cameli e Márcio Bittar para as duas vagas de senador em disputa.

PORTAS FECHADAS

PARA O PP, o senador não vai, por já ter a vice-governadora Mailza Assis como aspirante a uma candidatura do governo. Terá que pular fora do União Brasil, por trombar com Fábio Rueda (UB), cuja família domina o partido. A porta do PL estará fechada para ele. O senador Alan Rick (UB), que não tem grupo, fica sem muitas opções partidárias para se filiar e ser candidato ao governo em 2026.

BASES MONTADAS

A DEPUTADA federal Socorro Neri (PP) passou a campanha fortalecendo os candidatos do seu partido no interior, montando bases para 2026. Pode sair à reeleição ou mesmo brigar por uma das vagas para o Senado em 2026, dependendo de como seu nome estará nos cenários das pesquisas.

NINGUÉM ESPERE

CONHEÇO um pouco da trajetória do governador Gladson Cameli. Em 2026 vai tratar da sua candidatura a senador, sem preocupação de estar atrelado a uma aliança. Sabe que só um ponto fora da curva o impedirá de ganhar uma cadeira de senador. Não precisa de mais nada, além do seu carisma.

TEMPO ESCURO

COM o seu partido sem nenhuma prefeitura, sem representação na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, não dá para se ter uma ideia de como o Jorge Viana (PT) tocará a sua candidatura ao Senado em 2026. Será uma campanha solitária de aliados.

FRASE MARCANTE

“É mais belo saber alguma coisa de tudo do que saber tudo de alguma coisa”. Pascal.

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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