fbpx

Pesquisadores da Ufac encontram bicho barbeiro em apartamento no Acre; saiba por que isso é preocupante

Por Ufac —-
O grupo de pesquisa do Laboratório de Medicina Tropical (LabMedt), da Ufac, realiza pesquisa com triatomíneos (insetos conhecidos como barbeiros, transmissores da doença de Chagas) capturados em residência e ambientes urbanos do Acre. Artigo desenvolvido durante o mestrado de Manoella da Silva Moura no programa de pós-graduação em Ciência da Saúde na Amazônia Ocidental destacou-se por descrever a ocorrência de barbeiros do 2º ao 13º andar de residencial urbano em Rio Branco.
Segundo o professor Dionatas Ulises de Oliveira Meneguetti, que lidera o grupo de pesquisa com a professora Mariane Albuquerque Lima Ribeiro, trata-se de um fato inédito para a ciência, pois esse tipo de vetor nunca tinha sido encontrado em andares tão altos. O artigo foi publicado, em inglês, na “Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical”, com o título “Voando para a Lua: Relatos Impactantes da Invasão de Triatomíneos do 2º ao 13º Andar de um Edifício Residencial Urbano no Município de Rio Branco, Acre, Brasil”.
Ele contou que a ocorrência de barbeiros em apartamento foi descrita em outros artigos publicados pelo LabMedt. “Porém, o que chamou a atenção nesse estudo foi a ocorrência em andares tão altos, como 10º, 11º e 13º, o que gera uma preocupação, visto o risco de transmissão vetorial da doença de Chagas, que é um problema atual para o Estado e infelizmente ainda negligenciado.”
No Estado do Acre, além dos apartamentos, barbeiros também foram encontrados em residência de municípios, como Cruzeiro do Sul e na capital Rio Branco. Para Meneguetti outro achado preocupante foi a ocorrência de barbeiros em locais “atípicos”, como penitenciária, hospital, posto de saúde, igreja e escola.
“Acredita-se que esse aumento de barbeiros nesses locais se deve ao aumento do desmatamento e queimadas no Estado, destruindo assim o habitat desses vetores, que, ao procurarem novos abrigos, são atraídos pelas luzes das construções”, concluiu o professor.

Neste artigo