O deputado federal João Carlos Bacelar (PV) não poupou críticas ao se manifestar sobre o cancelamento do horário de almoço durante uma sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara, na quarta-feira (14). O parlamentar classificou a determinação da presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL), como “absurdo”.
A notícia foi dada pela presidente em exercício, Chris Tonietto (PL). De acordo com a deputada, a medida foi tomada por se tratar de uma “semana atípica”. A mensagem foi passada aos deputados aproximadamente duas horas após o início da sessão, marcada para as 10h30.
“Tudo aqui passou do razoável. O que está acontecendo aqui nesta comissão é absurdo. Serei obrigado a levar à mesa da Câmara dos Deputados o que está acontecendo nessa comissão. Não é possível. E ninguém reage”, cravou Bacelar.
“Isso aqui não é fábrica. Isso aqui não é roça do interior de Santa Catarina para chegar tal hora e sair tal hora. Tem que respeitar esses parlamentares, inclusive, parlamentares idosos”, complementa.
Outros deputados também reagiram. Erika Kokay afirmou ser “uma tortura impedir os parlamentes de se alimentar”. O deputado e ex-ministro Patrus Ananias (PT) argumentou que os deputados possuem “o direito sagrado […] à alimentação no tempo devido”.
“Vai ver que não vai ter produtividade. Eu estou pedindo à nossa assessoria que levante todas as questões de ordens possíveis. Vamos usar todos os tempos, obstruir da forma mais radical que possa ter”, acrescentou Bacelar.
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