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As razões que levaram o Acre a exportar mais de R$ 1,4 bi em cinco anos e estabelecer recordes em 2024

O Acre já exportou mais de R$ 1,4 bilhão em cinco anos, voltando a bater recorde nos primeiros sete meses deste ano, quando a balança comercial alcançou o volume aproximado de R$ 307 milhões em produtos enviados para o exterior. O acréscimo é de 76% com relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Comex Stat (Sistema oficial para extração das estatísticas do c0mércio exterior brasileiro de bens) e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e de Serviços (MDIC).

Balança comercial volta a bater recorde em 2024; expectativa é fechar o ano superando a marca dos US$ 70 milhões em exportações. Footo: Sabrina Salomon/Seict
Os números foram comemorados durante reunião convocada na manhã desta quinta-feira, 8, em Rio Branco, pela Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) com o setor produtivo. O titular da Seict, Assurbanipal Mesquita, destacou a promoção do ambiente favorável para as operações internacionais.

“Nos cinco anos antes da gestão do governador Gladson Cameli, foram exportados US$ 97,2 milhões. Entre 2019 e 2023, superamos os US$ 214 milhões, num aumento de 120% nesse período. A balança comercial volta a bater recorde em 2024. A expectativa é de fechar o ano superando a marca dos US$ 70 milhões em exportações”, analisou Mesquita.

A Seict também analisou a combinação de fatores que ajuda a contribuir com o comércio exterior, como a visão estratégica de planejamento e gestão, a união de associações, federações e do Poder Legislativo, com o objetivo de tornar o Acre competitivo no mercado internacional.

O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Acre, Assuero Veronez, destaca a produção em escala de soja e milho e o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação, conquistado em maio de 2021, como pautas fundamentais para o avanço nas exportações de grãos e proteína animal.

“O Acre está habilitado a exportar carne para qualquer lugar do mundo, por outro lado, assistimos à introdução de atividades que, até então, era impossível serem praticadas no Acre, como é o caso da produção comercial de soja e milho. O setor produtivo vive um momento especial”, destacou Veronez.

A soja continua liderando a participação dos grupos de produtos em 2024, com o maior valor exportado, US$ 21,8 milhões, num crescimento de 17% em relação ao ano passado. O grupo de proteína animal cresceu 448%, com exportação de carne suína, e 410%, com venda de carne bovina.

“No fechamento do mês de julho, carne suína e bovina representam 67% das exportações acreanas. Temos o Peru, que poderá ser atendido por meio terrestre com nossa carne, e o Chile, que é o quarto maior comprador de carne do Brasil, como mercados promissores”, garantiu Nenê Junqueira, diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), José Adriano Ribeiro, afirmou que as estatísticas refletem um trabalho de quase uma década na preparação e capacitação dos empresários com relação à cultura exportadora.

“Essa expertise do comércio exterior é fundamental para a competitividade. Os dados não surpreendem, refletem o que estamos alinhando com todo o setor. O incremento da cultura de grãos e a exportação da proteína animal elevou o volume de negócios. Essas novas commodities superaram a madeira e a castanha”, avaliou Ribeiro.

Ainda de acordo a Fieac, o grande desafio é o de trabalhar um maior número de produtos a serem exportados. A instituição quer agregar valor no processamento da matéria-prima, para gerar retorno ainda maior no comércio de exportação. “O discurso agora é de industrializar cada vez mais, sem perder de vista os países andinos”, informa o presidente da Fieac.
A castanha foi responsável por 16,4% (US$ 1,2 milhão) do volume total de exportações em julho. O empresário Eder Frank dos Santos Ribeiro, que representa o setor, aposta no crescimento das exportações com o fortalecimento da Rota Quadrante Rondon. Ele destacou o incentivo dado pelo governo, Fieac e Sebrae, para participação de empreendedores nas feiras internacionais.

“A prospecção de negócios com o Peru tem sido uma ação positiva para potencializar a chegada dos nossos produtos ao exterior; esse é um trabalho que tem sido feito com excelência pelo governo”, observou o empresário.

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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